Quando pensava que este ia ser um episódio mediano de How To Get Away With Murder, eis que Shonda Rhimes nos presenteia com mais um plot twist de fazer saltar da cadeira! Este terceiro capítulo não teve um nível de suspense tão elevado como os dois anteriores (com exceção dos flashforwards) nem foi tão empolgante (com exceção dos momentos finais), mas foi interessante de outras formas.

Gostei muito da forma como o episódio foi construído. Na cena de abertura podemos ouvir Annalise à medida que as personagens vão aparecendo em cenas separadas. Foi engraçado perceber que aquilo que AK dizia se enquadrava com cada personagem e era quase como uma descrição delas. Esta abertura marcou um paralelismo entre duas realidades diferentes que se sentiu no restante episódio: a clínica e o teste a que foram sujeitos e o caso que Annalise teve em mãos.

Parece-me que Michaela se anda a esforça demais. Sim, ninguém gosta dela, mas também não é a pedinchar clemência que ela vai aparecer. E, claro, agora está arrependida de ter traído Asher e ia direitinha à porta dele pedir-lhe que voltasse para ela! Não me parece. Quanto a Asher, parece que me enganei. O facto de ele trabalhar para o “inimigo” não significa que esteja do lado de Annalise e companhia. Pelo contrário, parece que se está a esforçar para provar que consegue ser mais esperto do que eles todos juntos.

E agora vamos ao que realmente interessou neste episódio! Nunca na vida me passou pela cabeça que Bonnie tivesse uma irmã gémea! Tenho de dizer que é um move batido nas séries, mas que não deixou de me surpreender! Realmente acertei quando disse, na review do primeiro episódio, que Bonnie e Nate pareciam personagens que tinham recuperado algum interesse e que seriam determinantes na resolução do assassinato desta temporada.

Portanto, Bonnie deu à luz um bebé, que tudo indica ser Gabriel. O pai disse-lhe que o bebé tinha nascido morto, contudo era mentira e este deixou-o no hospital. A irmã gémea de Bonnie vai ao hospital, diz que o filho é seu e cria-o. Até agora está tudo a bater certo, uma vez que Gabriel já disse que foi criado pela mãe solteira e que não sabe quem Bonnie é (ou finge não saber, uma vez que a história do telemóvel arcaico e do apetrecho escondido na lareira é muito estranha).

O que retirei dos flashforwards de The Baby Was Never Dead é que a Bonnie do casamento é na verdade a sua irmã gémea maléfica que, por alguma razão, se quer vingar de alguma coisa. Ainda estou na dúvida se a pessoa que morre é Bonnie ou Oliver, mas tanto um como outro me parecem demasiado óbvios. E que raio aconteceu à cara de Connor?!

Mais uma vez foram muitas as questões levantadas e nenhuma resposta dada. Se isso contribui para o elevar da fasquia desta temporada? Claro que sim! Estou mais empolgada do que nunca com HTGAWM e os meses que temos pela frente até descobrirmos o que aconteceu parecem uma eternidade! Contudo, como disse anteriormente, as pequenas histórias individuais das personagens mantêm-nos suficientemente distraídos das grandes questões para aguentarmos até à revelação do assassinato e, como é óbvio, tornam a série naquilo que ela é.

E vocês, o que acharam? É Bonnie ou a irmã gémea nos flashforwards?

 Beatriz Caetano