Whose blood is that indeed.
O segundo episódio desta 5.ª temporada também não desiludiu e manteve o nível de suspense da season premiere; talvez tenha mesmo aumentado. Sem dúvida que esta temporada tem muitas cartas para dar e que as está a jogar da melhor forma. A presença dos flashforwards no fim dos episódios deixam-nos em pulgas para saber o que irá acontecer e, claro, as peripécias que, no entretanto, vão acontecendo às nossas personagens dão-nos a dose certa de distração para nos aguentarmos até aos episódios finais.
O momento alto do episódio foi, claramente, o julgamento da imigrante muçulmana acusada de matar a mulher. Annalise dá sempre um show no tribunal e a prestação de Viola foi e será sempre deslumbrante. Tenho de admitir que Michaela melhorou bastante a sua atitude neste episódio. Como disse na review anterior, os showrunners cometeram um erro no crossover com Scandal ao fazê-la trair Asher e agora estão a pô-la no caminho da redenção. A sua prestação no tribunal ao lado de Annalise foi igualmente fantástica e gostei que ela tivesse sabido recuar quando sentiu que não estaria à altura de AK para questionar o enteado da ré.
Como sempre, na sequência de Michaela vem Asher. Asher mostrou que não baixa os braços perante as adversidades da vida e, por mérito única e exclusivamente próprio, conseguiu trabalho com o novo Procurador-Geral. É verdade que vai trabalhar para o inimigo, mas se bem conhecemos HTGAWM isso só pode vir a favor de Annalise e companhia.
Este episódio deu a entender que Nate e Bonnie vão ser personagens mais centrais e com um papel importante no desfecho do assassinato desta temporada. Espero que assim seja, porque se houve storylines que não interessaram a ninguém na temporada passada foram as destas duas personagens.
Para além disso, parece que irá haver uma interligação entre os dois devido às investigações de Nate. Tudo leva a crer que Gabriel é filho de Bonnie. Mas, se de facto assim for, tem de haver um mistério maior por detrás disso. HTGAWM não dá nada de mão beijada, muito menos uma bombshell desta envergadura. E qual é o papel de Frank no meio disto tudo? Está a trabalhar com Nate? É a resposta mais plausível, mas lá está, demasiado previsível.
Quanto aos flashforwards, podemos riscar da lista de prováveis assassinados Michaela e Laurel. Ufa! Já sabemos que Christopher não fica órfão. Isso deixa-nos Connor, Oliver, Nate, Miller, Sandrine ou até Tegan. Houve um pequeno momento num dos flashforwards que me deixou na dúvida: o DJ chama Oliver e dá a sensação de que ficam à espera que ele apareça imediatamente e ele não aparece. Pode ter sido só um pressentimento, contudo Oliver foi muito mencionado e teve muitas cenas neste episódio, assim como foi muito associado ao bebé. Espero estar errada, mas há hipóteses de a pessoa assassinada ser Oliver. Ainda assim, esta linha de pensamento leva-me a outra hipótese: também Sandrine, a mãe de Laurel, foi mencionada neste episódio. Continuamos sem saber se está morta ou viva, mas caso esteja viva pode bem ser ela a morrer na neve.
Whose Blood Is That foi um bom episódio, com muitos momentos altos, que prenderam a atenção do início ao fim. O suspense, esse, está sempre presente e as questões sempre a surgir. Confesso que há muitas coisas que me estão a dar a volta à cabeça e não consigo encontrar uma resposta que ache a 100% que seja a certa. Estamos no segundo episódio e os plot twists que caracterizam HTGAWM ainda estão por chegar, mas sem dúvida que o nível de qualidade e o interesse pelo enredo se manterá até lá.
E vocês, o que acharam? Quais são as vossas teorias em relação a Gabriel?
Beatriz Caetano