Contém Spoilers!!
Aviso já que não vi a 1.ª temporada desta série; por nenhum motivo em especial, apenas nunca surgiu oportunidade e o pouco que ouvi falar não me cativou a experimentar. No entanto, como cada temporada é independente, decidi ver e escrever sobre este primeiro episódio do segundo capítulo de The Sinner. O veredicto posso dizer desde já que passa pelo acompanhamento desta 2.ª temporada e por ver a primeira.
Ao ver o final do episódio apercebo-me que este começa da melhor maneira, ao apresentar-nos uma família feliz de um modo muito convincente. Um casal aparentemente de férias com o seu filho, em que este (Julian) e o pai têm uma relação muito próxima e amigável. Quando têm problemas com o carro são obrigados a parar num motel, onde as coisas ainda parecem estar a correr bem, até que Julian regressa de ir buscar chá para os seus pais e os interrompe a fazerem sexo. Passado muito pouco tempo estes morrem por envenenamento. O pai morre no chuveiro enquanto tomava banho e a mãe morre no chão do quarto enquanto se dirigia para Julian e gritava o nome deste, sem se perceber se em tom de acusação ou de preocupação. O detalhe mais bizarro foi Julian ter arranjado a disposição dos corpos dos pais antes de se ir embora.
Heather Novack é uma agente da polícia que é chamada ao local do crime quando este é reportado e passa-se muito pouco tempo até conseguirem encontrar Julian aterrorizado no meio da floresta. A cena de crime toda aponta para ele, este não parece ser um caso de quem é que cometeu o crime, mas sim descobrir o porquê. Harry Ambrose, que me parece ser a única ligação entre temporadas, uma vez que falam de um caso semelhante ao qual ele estava ligado, é amigo do pai de Heather e é chamado como consultor neste caso. Ao ver o que enfrentam, torna-se de imediato cativado e agarrado pelo caso.
À medida que o caso avança e as entrevistas são feitas, ficamos cada vez mais com a certeza de que Julian esteve mesmo por detrás do crime e em simultâneo vamos tendo acesso a frames do passado em que Julian está a falar com uma senhora sobre alguns atos que fez e que aleijaram outras pessoas e este culpa uma parte do seu ser à qual deu o nome de “dark Julian”, o que aponta para um possível distúrbio de personalidade infantil, mas levanta a questão: o que se passou com aquela família para levar uma criança a ter que criar esse mecanismo de defesa?
O final do episódio pega em tudo o que tínhamos construído sobre esta história e dá-lhe um twist, quando se descobre que não havia absolutamente mala nenhuma com as coisas de Julian – levando a questionar o que iria aquele casal fazer com ele durante a viagem – e quando uma senhora entra na esquadra afirmando ser a mãe de Julian. O episódio é mesmo muito bom, sendo digna de apontar a interpretação feita por Elisha Henig (Julian). Fiquei agarrado e irei ver não só o resto desta temporada como a primeira toda, que já está disponível!
O que acharam?
Raul Araújo