Reverie é a nova aposta da NBC para o verão! É uma série que explora o mundo da inteligência artificial e a possibilidade de os seres humanos explorarem as suas fantasias, imergindo num mundo paralelo construído por eles mesmos. Mara Kint é a personagem principal e é contratada pela Onira-Tech, a empresa que desenvolveu o universo ‘Reverie’, para trazer de volta ao mundo real as pessoas que ficaram reféns desta criação.
O primeiro episódio explora a história de um dos clientes da Onira-Tech, Tony, que fica preso no universo que criou dentro de Reverie com a sua falecida mulher e de quem Mara tem que se aproximar para o conseguir tirar do coma em que ele se pôs por decidir não sair da sua fantasia.
A história de Kint marca imenso o início desta série: Mara era uma negociadora de reféns para a polícia e abandonou o trabalho após ter falhado no resgate da sua irmã às mãos do esposo. No meio da negociação, que Mara parecia estar a conseguir vencer, o perpetrador faz uma viragem e mata a sua irmã e sobrinha e suicida-se em seguida. Esta é a marca que Mara leva consigo para Reverie.
Entre trocas e baldrocas e Mara parecer ter nascido para aquele mundo, ela lá consegue tirá-lo de lá, mas não sem antes ficarmos com algumas guidelines para o resto da série. Quando Mara aceitou a proposta e chegou à Onira-Tech, a primeira coisa pela qual teve que passar foi um treino providenciado pelo Dr. Paul Hammond (responsável pelo desenvolvimento deste universo), no qual passou com distinção. Após este treino, foi logo para dentro do universo criado por Tony, a primeira vítima, e, dentro desse universo, para além da criação de Tony, também tem vislumbres da sua sobrinha. Quando volta à realidade, Mara volta a ter uma visão da sua sobrinha.
De alguma forma, esta série traz à memória o trabalho feito no filme Inception, de Christopher Nolan, onde era fácil confundir a realidade com o sonho, onde era fácil render-se à realidade subconsciente em oposição à realidade consciente.
É uma série que tem bastante potencial e que vou continuar a seguir; talvez porque o mundo não explorado do subconsciente é suficientemente fascinante ou porque estou curiosa com o que vão fazer da série. Cada vez que vejo um piloto gosto sempre de pensar no final da temporada ou na linhagem que a série vá ter. Apesar de nos ter deixado com poucas luzes em relação ao desenrolar da história, Reverie parece prometer, pelo menos, o mistério-tipo das séries de sci-fi.
É verão e não há muito por onde escolher; posso dizer-vos que esta série parece ser uma boa aposta!
Joana Henriques Pereira