The Flash – 04×17 – Null and Annoyed
| 12 Abr, 2018

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[Contém spoilers]

“and the circle is now complete[…] Now, I am the master!”

The Flash regressa para o seu sprint final e a partir de agora será uma corrida de 100m, sem paragens e a todo o gás. Que tal estão a achar da temporada até agora?

Kevin Smith, o humorista e maior geek do mundo, volta para a sua terceira participação como realizador de um episódio em The Flash e, após as obras de arte em “Killer Frost” (03×07) e “The Runaway Dinosaur” (02×21), as expectativas eram bastantes elevadas. Infelizmente, “Null and Annoyed” foi um epic fail e não poderia ter feito maior jus ao título.

“Turtle Power!” Ahahah, sem dúvida a melhor tática de sempre.

A série prima pelo seu humor e estilo mais leve desde que estreou; no entanto, com o passar das temporadas, esse espírito alegre foi-se perdendo em Barry; completamente percetível em muitas ocasiões, mas demasiado forçado quando passa a acontecer em todas as temporadas. Basicamente, Barry tem de relaxar e parar de ser tão carrancudo, essa posição já tem lugar ocupado por Oliver Queen no Arrowverse. Barry era suposto ser a personagem jovial, mas neste episódio ele foi uma autêntica besta para Ralph. O lado positivo de toda a situação foi o discurso sincero e dramático de Ralph, que nos fez conhecê-lo um pouco mais e fê-lo ganhar o título de MVP da semana.

Janet Petty, aka Null, foi, mais uma vez, tal como o nome indica, uma personagem completamente nula e sem qualquer substância. Depois de ter sido apresentada como uma especialista em evadir-se de pessoas, assumindo diferentes identidades e conseguindo escapar das procuras dos dois homens mais inteligentes da Terra, acabou por ser um fiasco em termos de lógica (desatar numa onda de assaltos aleatórios e com várias testemunhas não me parece ser a melhor maneira de dar pouco nas vistas), sem personalidade, e os poderes não foram abordados de forma nada apelativa.

O rabugento Harry já demonstra o desenvolvimento de um vício no Thinking Cap, usando-o para tudo e mais alguma coisa. No entanto, nem com o boost na inteligência parece ser possível encontrar os bus metas que faltam e parar DeVoe, pelo que Wells decide tentar uma abordagem audaz e certamente muito, mas muito, mais perigosa. Já se imagina que este plano não vá acabar muito bem para Wells, a questão que fica é a até que ponto serão graves as consequências.

Quintas de dragões, vampiros e batalhas no inferno, conceitos que nos parecem maravilhosamente interessantes, mas que não foram aproveitados com o regresso de Danny Trejo ao papel de Breacher, acabando este enredo por ser tão vago como sem sentido.

A nota mais interessante do episódio acabou mesmo por ser a descoberta de Marlize de que o seu marido Clifford a anda a manipular com as lágrimas do Weeper, deixando-a assim constantemente drogada e num sentimento falso de amor por ele. The Thinker perde assim vários pontos na sua decência, tornando-se um vilão cada vez mais arrepiante. Terá todo aquele poder corrompido por completo a mente e os ideais de DeVoe? E cada vez parece mais certa a teoria de que a derrota de The Thinker se deverá em muito à mudança de lado de The Mechanic. O que acham?

Factos do Channel 52:

– como já é habitual, Jason Mewes, e desta vez também o seu amigo Kevin Smith, tiveram direito a um cameo no episódio;

– Null, nos comics, é um vilão inimigo de Hawkman e teve a sua primeira aparição em Hawkworld Vol 2 #28 (Novembro, 1992). Na série televisiva é mais um exemplo da troca de género de um vilão que passou a vilã, tendo já antes acontecido com Brie Larvan/Bug-Eyed Bandit, Rosa Dillon/Top, Mina Chaytan/Black Bison, e Izzy Bowin/Fiddler.

– Quando, no final, Gideon diz a Harry: “Hello Dr. Wells, it has been 1078 days since we last spoke.”, ela está a referir-se à altura do episódio “The Trap” (01×20), que estreou a 28 de abril de 2015. Nesta altura, ela apareceu com a versão de Wells que era na realidade Eobard Thawne.

Em relação à questão inicial, a verdade é que, de uma forma geral, esta 4.ª temporada revela-se com uma qualidade inferior às anteriores, sendo que já a 3.ª tinha sido um pouco mais fraca que as duas primeiras. O mais grave é que esta temporada não parece direcionada em corrigir os erros do passado, já que foi um engano deixar o desenvolvimento de Savitar para o final da temporada e neste caso estamos prestes a ver o mesmo acontecer com DeVoe. The Thinker foi um vilão que teve um início espetacular e surpreendente, mas que já há algum tempo perdeu o encanto, principalmente por não compreendermos os seus planos ou motivações. Ainda há tempo para a salvação, mas o espaço de manobra começa a apertar.

Para a semana, enquanto o episódio se intitula “Lose Yourself”, esperemos que a série se encontre a si e ao seu rumo para ganhar o momentum necessário para o final da temporada. A Team Flash finalmente tem sorte e conseguem encontrar o esconderijo de The Thinker, mas irá Ralph longe demais para parar o vilão? Até lá, boas corridas!

Emanuel Candeias

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