[Contém spoilers]
Mais uma semana que passou a correr e, com ela, estreou mais um episódio de Grey’s Anatomy, Old Scars, Future Hearts (título que, pessoalmente, achei bastante apropriado).
À semelhança dos episódios que o precederam, Old Scars, Future Hearts é um episódio que, para além de “encher chouriços”, pouco mais fez. Ainda assim, conseguiu produzir alguns momentos de interesse, sobre os quais falaremos em mais detalhe mais à frente.
Após descobrir que Marie (Rachel Ticotin) mentiu sobre ser amiga de Ellis, Meredith procura perceber o porquê da sua zanga. A médica começa por procurar a resposta à sua questão nos diários da sua mãe, mas sem qualquer sucesso. Consumida por curiosidade, Meredith confronta Marie, que acaba por contar a Meredith que Ellis a traiu ao publicar uma pesquisa que as duas desenvolveram sem lhe dar o devido crédito. Apesar de Meredith não ter culpa do sucedido, Marie afirma que só deixará a médica usar a sua patente se Meredith corrigir o que a sua mãe fez.
Como qualquer pessoa razoável, a nossa Dr.ª Grey não se deixa levar de imediato pelas palavras de Marie e pede satisfações a Richard. Este afirma que, apesar de ter ouvido rumores sobre o assunto, não acreditou neles e encoraja Meredith a não arruinar o legado de Ellis, uma vez que esta não se pode defender. Assim sendo, Meredith não cede ao pedido de Marie, acabando então por perder não só o polímero que tanto queria, mas também a sua ideia para o concurso, que será aproveitada por Marie. Pessoalmente, não fiquei nada satisfeita com este desfecho, mas a verdade é que, infelizmente, estas coisas acontecem e não há muito que se possa fazer.
Entretanto, a relação entre Maggie e Jackson começa a ganhar alguma forma. Através de alguns flashbacks, Grey’s dá-nos a conhecer um pouco mais sobre o passado de Maggie e a sua paixoneta por um rapaz nos seus tempos de faculdade. A médica conta a história a Jo e Alex, acabando Jackson, também, por a ouvir. Mais tarde, quando os dois se encontram no bar, partilham histórias sobre os seus amigos imaginários e falam sobre as suas peculiaridades, chegando à conclusão que não são assim tão diferentes como pensam. Finalmente, Maggie concorda em jantar com Jackson.
O departamento amoroso foi também o foco da narrativa de Jo e Alex durante este 15.º episódio. Após descobrir que Jo se candidatou a vários programas por todo o país, Alex começa a recear que Wilson esteja a pensar em abandoná-lo. O medo de abandono de Alex (explicado através de vários flashbacks) leva a que surja alguma tensão entre os dois médicos. A verdade, no entanto, é que Jo não tem qualquer intenção de partir. Apesar de querer avançar com a sua carreira, percebemos (também através de flashbacks) que Jo nunca teve uma “casa” até conhecer Alex. O episódio termina com Jo a pedir Alex em casamento – algo que, pessoalmente, já espero há bastantes episódios.
Não posso terminar esta review sem antes falar sobre April. Apesar de não ter tido muito interesse na grande maioria das cenas entre Kepner e Tom, isso mudou completamente à medida que nos aproximávamos do final do episódio. Como disse anteriormente, esperava que Grey’s aprofundasse o descontentamento de April com Deus e a religião e, por fim, as minhas preces foram atendidas. Não só Grey’s conseguiu tornar Tom ligeiramente mais humano, ao falar sobre a morte do seu filho, mas abriu finalmente a porta à discussão sobre a verdadeira causa por detrás do comportamento errático de April. Espero que os episódios futuros continuem a abordar esta temática e que, eventualmente, a Dr.ª Kepner de que tanto gostávamos volte ao seu normal antes do seu tempo em Grey’s chegar ao fim.
Tendo tudo isto em consideração, devo dizer que, no geral, este episódio não me conseguiu despertar o interesse. Apesar de não ter sido um episódio mau, por assim dizer, não houve nada propriamente cativante. Ainda assim, acho que os flashbacks foram bem conseguidos e uma boa adição ao episódio. A verdade, no entanto, é que Grey’s tem de arranjar uma maneira de mudar o passo desta temporada, que pouco a pouco se torna cada vez mais monótona.
Inês Salvado