Contém spoilers!!

Como o próprio título indica, este episódio continua a focar-se nas consequências para a sociedade de Freeland da morte de Lawanda, desta vez focando como é que a comunidade reagiu.

O episódio começa por nos mostrar a dor sentida pela comunidade no funeral de Lawanda e a revolta do pastor que a conhecia bem e começa a tentar organizar uma marcha pela liberdade, uma marcha contra o One Hundred. O problema é que isto chama atenção indesejada e Jefferson tenta, sem sucesso, fazer com que o pastor desista e confie na polícia. Tobias Whale lida com as consequências do falhanço de Lala, pagando a uma nova figura que aparece na hierarquia, Lady Eve, que o manda matar o pastor e tratar do protesto. Esta introdução de uma nova vilã é interessante, uma vez que houve a saída de Lala, mas não fica claro quem é que tem mais poder, se Eve ou Whale.

Jefferson volta a vestir o seu fato e testa as novas funcionalidades que Peter instalou quando tem que intervir no protesto para salvar os participantes. Infelizmente, devido à intervenção de Whale e da sua inseparável ajudante, não consegue salvar todos, deixando o pastor morrer. Não sem antes protagonizarem um momento em que cantam um cântico de igreja ao Black Lightning, pondo-o num estatuto de salvador.

O enredo avançou muito pouco, mas o que não faltou ao episódio foram problemas familiares, começando pela relação de Lynn com Jefferson, que vacilou quando esta lhe pede que deixe Jen ir viver com ela. No entanto, após ter estado presente no tiroteio e o ter visto em ação, volta atrás com esta decisão e a sua relação regressa ao ponto onde estava anteriormente, de quase voltarem ao seu casamento. Jen decidiu que iria ter sexo com o namorado e devido à relação muito aberta que tem com a família conta-lhes isto durante um almoço. Jefferson sem saber bem lidar com isto, aborda Khalil e pergunta-lhe como é que ele toma banho e irrita-se com ele por limpar primeiro os pés antes do seu órgão genital. Sim, esta cena aconteceu mesmo e foi a pior parte do episódio, não sei quem é que achou que isto seria uma boa ideia, mas contribuiu para fazer deste, na minha opinião, o pior episódio desde que começou.

Anissa é capaz de ter tido as partes mais interessantes neste episódio. Continua a descobrir como ativar os seus poderes e trava conhecimento com Grace na biblioteca de Freeland, acabando por ir a uma festa com ela, o que leva Anissa e a sua namorada a terminarem. A química com Grace foi logo muito maior do que a que tinha demonstrado com a sua ex-namorada, e pode ser que nos permita conhecer um pouco mais Anissa. Esta parte foi a mais interessante porque é a única que está a pensar no futuro da série, num futuro muito mais longínquo que o final da temporada. Nos comics, Anissa torna-se uma super-heroína e junta-se a um grupo chamado Outsiders, dando-se bem com todos os membros exceto com uma Grace, mas com quem forma a melhor dupla do grupo. Bem, uma vez que Grace a leva a uma festa temática de super-heróis não será de estranhar que se comecem a formar estas associações, além de que há uma altura no episódio em que Grace lhe mostra um livro de banda desenhada e se repararem era um dos Outsiders. Foi a única parte do episódio que senti que estava pensada com pés e cabeça, que mostrava que eles têm um caminho delineado. O resto pareceu-me estar a encher tempo para terem que produzir 13 episódios. Espero que o próximo seja melhor!

O que acharam?

Raul Araújo