[Contém spoilers]
Por Scott Frank surge Godless, o novo drama de western da Netflix. A primeira temporada contou com sete episódios de uma hora cada, já disponíveis no serviço de streaming.
A trama conta a história de uma pequena cidade, La Belle, no Novo México, em 1880, que tem uma população maioritariamente composta por mulheres, devido a um acidente que matou muitos homens daquela cidade mineira.
Frank Griffin (Jeff Daniels) é um cowboy criminoso que mata tudo e todos para chegar onde quer. Roy Goode (Jack O’Connell) é “afilhado” de Griffin e atraiçoa-o no desenrolar do episódio.
A temporada começa pelo fim. Começamos por assistir ao incidente em Creed, que só é explicado 48 minutos depois; Griffin é alvejado e acaba por ficar sem um braço e Roy Goode, após ter sido atingido pelos capangas de Griffin por ter roubado o dinheiro recolhido no último assalto (em Creed), vem parar a La Belle, à quinta de Alice Fletcher (Michelle Dockery).
A cidade de La Belle fica agora ameaçada pelo criminoso Frank Griffin, que não vai descansar enquanto não recuperar o seu dinheiro e se vingar da traição feita por Roy.
Foi-se tornando num bom episódio, ainda que tenha sido um piloto pouco explicativo a nível de personagens e de enredo. Gostei de rever a Lady Mary Crawley de Downton Abbey (ITV) num papel completamente diferente, tendo sido a única personagem que me puxou para história, como mulher forte e corajosa.
É um episódio marcado por muitos tiros, cavalos a relinchar, sangue e muito pouco diálogo. Acaba por ser um episódio demasiado grande que se perde no enredo, faltando explicação às cenas seguintes.
O espectador conclui que a cidade de Creed morreu pela ira de Frank Griffin, que promete vingança a Goode, indo em direção a La Belle, que poderá vir a ter o mesmo destino.
A meu ver tem de se gostar do género. Séries de western não fazem muito o meu género, mas escolhi fazer esta review porque vi críticas que referiam que era uma série de mulheres arrojadas e muito à frente do seu tempo. Decidi dar uma oportunidade; no entanto, o enredo teve algumas falhas que não me deixaram ficar colada ao ecrã e querer fazer binge watching da primeira temporada.
No geral, a série recebeu críticas positivas, uma vez que é um género muito masculino e surgiu como uma lufada de ar fresco ao incidir mais sobre personagens femininas.
Deixem os vossos comentários, o que acharam do episódio? Aconselham-me a ver a season completa? Fico à espera!
Margarida Rodrigues