Blindspot – 03×03 – Upside Down Craft
| 13 Nov, 2017

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E com o final da semana chega também um novo episódio de Blindspot, uma das melhores séries policiais que está atualmente em exibição. Lembram-se do primeiro episódio, quando cada um dos membros da equipa guarda um segredo que não conta aos restantes? Neste episódio chegou a vez do de Patterson e Rich ser analisado, enquanto se vão fazendo progressos lentos com o assassinato de Stuart.

O episódio começa com a equipa a deter um empresário bastante poderoso, com base numa pista obtida nas tatuagens. O problema é que Loewe tem bastante dinheiro e os melhores advogados que o dinheiro pode comprar e conseguem encontrar um loophole para o tirar das mãos do FBI. O seu email foi diversas vezes hackeado por um grupo chamado The Three Blind Mice, nome que faz alusão a um conhecido poema inglês. Quem fazia parte deste grupo de activisas até se terem retirado eram Patterson e Rich, que criaram o grupo juntamente com Elektra, para derrubarem pessoas com poder que se consideravam intocáveis.

Como ambos já abandonaram o grupo há mais de um ano, a única pessoa que pode ter sido responsável por aceder aos e-mails de Loewe é Elektra e lá a conseguem localizar, até que esta lhes conta tudo sem oferecer muita resistência. No entanto, jura que não alterou nenhum email, apenas os voltou a pôr na caixa de saída após estes terem sido eliminados; no entanto, tal é suficiente para que estes e-mails não sejam aceites como provas em tribunal. Patterson confessa a Rich outra coisa, que quando criou a App que foi descarregada por mais de 75 milhões de pessoas – que incluem Jane, Reade e Zapata – deixou sem intenção uma backdoor que lhe permite entrar e descobrir informações sobre os utilizadores. Patterson utilizou esta backdoor para descobrir que Loewe planeia atacar a Volta Motors na data de lançamento do seu novo carro elétrico.

Após revelarem esta informação à equipa de forma anónima, Weller e Jane vão à fábrica em questão, onde conseguem impedir a bomba de explodir a tempo. Não conseguem capturar Loewe, mas pelo menos impediram que este levasse a sua avante. Quando o caso parece terminado (mas não o episódio, que ainda vai a meio) Rich e Patterson são levados a encontrar-se num estacionamento apenas para serem raptados por Elektra – ou Kathy, como se chama na vida real -, que se apercebeu que eles tinham de ser os seus antigos dois parceiros. Kathy, mentalmente, encontra-se fragilizada e a precisar de amigos; assim, ao ser traída, forçou-se a reunir os três Blind Mice novamente, com o objetivo de fazerem novos hacks juntos.

No entanto, estava a haver o regular jantar em casa de Weller quando Patterson não aparece e Kathy responde por ela. A equipa apercebe-se que algo não está bem e começam a tentar localizá-los. Kathy apercebe-se que está a ser localizada e pensa que a culpa é de Patterson e Rich, então incendeia os seus computadores e prepara-se para matar Rich quando Patterson se atira a ela, sofrendo as consequências da coleira de choques que tinha posta. Em simultâneo, a equipa chega a tempo de a capturar e impedir mazelas maiores do que umas marcas no pescoço e o trauma de terem sido capturados (mais uma valente dor de cabeça dada por um Merlot potente). Kathy não conta quem são os seus companheiros no grupo, deixando Rich e Patterson livres, não sem fazer com que Reade perceba e lhes faça ver isso, o que ajuda a equipa a perceber o objetivo de Roman, revelar todos os segredos que existam dentro da equipa.

Paralelamente, Reade e Zapata visitam as instalações de uma empresa que faz uns sistemas de controlo da casa, daqueles que obedecem a comandos de voz e regulam a temperatura, acendem e apagam luzes, esse tipo de coisas. Acontece que Stuart tinha um desse equipamentos e Patterson sabe que ilegalmente estes aparelhos gravam mais do que os comandos de voz, o que leva Reade a exigir as gravações da altura do assassinato de Stuart. As gravações acabam por ser recebidas e Patterson descobre que se tratava de uma réplica de uma gravação feita mais cedo nesse dia, o que indica que houve alguém a alterar estas. Com o fim de episódio descobre-se que foi a diretora de segurança da empresa, que estava a ser chantageada pelo assassino, um homem negro e sem uma orelha.

Adoro quase todos os episódios de Blindspot e este não foi exceção. Acho que a química entre Weller e Jane está cada vez maior, rivalizando com os melhores tempos de Beckett e Castle ou Brennan e Booth, sem querer tirar protagonismo ou mérito ao resto do elenco, que dá vida a personagens espetaculares e que faz com que cada episódio se torne em 40 minutos de boa televisão e não apenas mais uma série que anda por aí a sobreviver.

Achei também particular piada à maneira como alertam para os perigos das tecnologias, mais concretamente com a partilha indevida de informações sobre os clientes, porque colocam Patterson no papel de portadora destes dados ilegais e ela sem querer usá-los a não ser para resolver um crime (uau, dito assim parece quase o plot de Person of Interest!), mas não deixando de realçar que isto existe e o perigo que se pode criar se os dados forem parar às mãos de alguém moralmente mais questionável que Patterson.

O que acharam do episódio?

Raul Araújo

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