[Contém Spoilers]

Tom, Hannah e companhia estão de volta para uma nova temporada de Designated Survivor.

Depois de uma primeira temporada de altos e baixos, mas que foi perdendo interesse com o desenrolar da trama, a série de Sutherland e Maggie Q regressa sem sabermos muito bem o que esperar dela.

Recapitulando, Tom foi designado Presidente dos EUA depois de um atentado ao Capitólio que levou à morte de quase todos os elementos do governo, ataque levado a cabo por um grupo interno, liderado por Lloyd, com o intuito de renovar a América. A investigação do atentado ficou a cargo de Hannah, uma agente do FBI. Lloyd, no final da temporada de estreia, desapareceu sem deixar rasto e com a perspetiva de novos ataques em solo americano.

No início desta temporada celebra-se o primeiro aniversário de Tom como Presidente e vê-se a reconstrução do Capitólio (recuperação surpreendente e extremamente rápida!), mas o contentamento não dura muito porque ocorre uma nova situação que testa a presidência de Tom.

Terroristas ucranianos sequestram um avião russo em solo americano, fazendo reféns 165 pessoas, 68 delas americanas, inclusive o antigo melhor amigo de Tom, com quem ele não fala há anos.

Isto pode gerar grande confusão, pois tendo em conta a situação atual na Crimeia, a Rússia pode usar este sequestro como desculpa para atacar a Ucrânia, usando os EUA e obrigando-os a entrar nessa guerra. Tom encarrega Aaron e Emily de resolverem este problema falando com os embaixadores dos dois países, mas ambos fracassam nas suas missões. No entanto, a presidência de Tom descobre que foram os Russos que pagaram a um grupo de Ucranianos para sequestrar o avião. Ao confrontar os embaixadores do que havia descoberto e num russo fluente, Tom consegue que os terroristas libertem o avião e os seus passageiros. Para infelicidade de Tom todos os passageiros sobrevivem, exceto o seu amigo e um outro passageiro.

Ainda na Casa Branca, Seth tem dúvidas se deve deixar o cargo para assumir o departamento de marketing de uma grande companhia, mas opta por continuar a acompanhar o Presidente e a sua missão, também devido a uma grande influência de Emily (parece haver ali uma atração; recíproca ou não, não sei, mas Emily e Aaron também têm ali coisas mal resolvidas, parece que vamos ter um triângulo amoroso esta temporada!). É ainda contratado Lyor Boone, um diretor político muito inteligente e perspicaz, mas extremamente desagradável e não muito sociável, que aparentemente vai organizar a Casa Branca e definir o rumo da Presidência de Tom.

Em Amesterdão encontramos Hannah, que agora responde diretamente a Aaron, a continuar o seu trabalho de seguir e descobrir Lloyd. Num bar, Hannah finge-se de bêbada para conseguir descobrir quem era o homem que a tinha vindo a seguir. O homem é um agente do MI6,  Damian Rennet, que também segue Lloyd. Decidem juntar esforços e juntos descobrem que Lloyd comprou muito material informático e a quem o comprou. Ao confrontarem o homem responsável por lhe vender o equipamento, descobrem que o objetivo de Lloyd foi criar um “super-computador”, com elevada capacidade de processamento. Chuck descobre a localização desse “super-computador” e Hannah e Damian dirigem-se para lá de imediato. São descobertos diferentes passaportes e bilhetes de avião, confundindo-os e fazendo com que percam o rasto a Lloyd, mas nós temos acesso à sua localização: Washington DC.

Começo de temporada fraco! Espero mais ação, se é que me entendem! O interesse na parte da investigação de Hannah e nos objetivos de Lloyd e nos ataques que vão acontecer a seguir é maior do que aquele que incide na presidência de Tom. Contudo, o episódio foca-se essencialmente na gestão de Tom e da sua equipa, tornando algumas partes do episódio enfadonhas e vagarosas. E, para além disso, as situações de problema são sempre tão facilmente resolvidas! Na vida real não deve ser assim tão fácil. Mas gosto da parte em que continuam a introduzir acontecimentos reais e atuais na série, neste caso a tensão militar na Crimeia.

O que acharam deste início de temporada?

David Pereira