The Fosters: de série familiar a drama adolescente
| 06 Mai, 2017

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Quando The Fosters estreou senti-me curiosa o suficiente para dar-lhe uma oportunidade, mas pouco convicta de que viesse a gostar. As séries da ABC Family (agora Freeform) sempre se adequaram a um público com o qual não me identifico, mas também não perderia nada em espreitar e apurar o que dali sairia. A verdade é que gostei do que vi e, à medida que a história avançava, apaixonei-me pela série. Apaixonei-me por aquela família tão diversificada que é um reflexo da sociedade multicultural em que vivemos.

Houve sempre partes do enredo pelas quais não nutri especial interesse, como as que envolviam Brandon e Callie como pretenso parzinho amoroso, mas no geral a história cativava-me. A relação entre Stef e Lena, a das duas com os filhos e a relação entre os próprios miúdos foram sempre a melhor parte da série. Aliás, The Fosters destaca-se muito pela mensagem positiva que passa sobre o amor e acerca de este nada ter a ver com os laços de sangue. Filhos biológicos ou adotados, Brandon, Mariana, Jesus e, posteriormente, Callie e Jude são amados, muito amados. Encontraram naquelas duas mães um porto de abrigo seguro como não tiveram com mais ninguém.

No entanto, aquilo que a série tinha de melhor parece ter-se perdido um pouco ao longo desta 4.ª temporada, em especial na segunda metade. O drama familiar de The Fosters deu lugar a um sem fim de dramas adolescentes para os quais confesso não ter muita paciência. Callie tem boas intenções, mas vê-se sempre envolvidas em problemas enormes; Jesus lida com a sua recuperação e com a descoberta da gravidez de Emma, da qual Brandon tinha conhecimento; Mariana desabafa os seus segredos numa conta do Twitter secreta, mas que deixa de ser assim tão secreta; Jude, habitualmente o menos problemático dos cinco, também enfrentou uma pequena fase de rebeldia, invadindo barcos com o namorado e experimentando drogas leves.

Da ansiedade pelo que vinha a seguir passei a sentir-me muito pouco curiosa, dando por mim a acumular dois ou três episódios, coisa que nunca antes tinha feito. Valeu o episódio em que Stef e Lena voltaram a casar para restituir um pouco da minha fé na série, mas ainda estou a ponderar se embarco ou não na próxima temporada. Este season finale não foi empolgante o suficiente e só me deixa a sensação de que o que se avizinha será uma continuação das situações loucas em que Callie se vê constantemente envolvida. Até junho, tenho tempo para pensar, mas é com pena que pondero abandonar uma das séries de que mais cheguei a desfrutar nos últimos anos. No entanto, acho que a essência de The Fosters se perdeu um pouco e, com ela, o meu interesse pela série segue pelo mesmo caminho.

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