7 razões para ver… Brooklyn Nine-Nine
| 30 Nov, 2016

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Brooklyn Nine-Nine centra as suas atenções em Jake Peralta (Andy Samberg), um talentoso detetive do departamento 99 da polícia de Brooklyn, Nova Iorque. Tudo muda na altura em que chega um novo capitão para comandar as “tropas”, que decididamente quer acabar com a imaturidade e desleixo que se fazem sentir no departamento. Criada por Dan Goor (Late Night with Conan O’Brien) e Michael Schur (Parks and Recreation, Saturday Night Live), Brooklyn Nine-Nine tornou-se recentemente uma das minhas séries prediletas e mais cómicas a que já assisti, deixando-vos assim 7 razões para que possam desfrutar de umas boas risadas.

1 – Os cold opens

Cold opens, teasers, ou cenas pré-episódio (como lhe queiram chamar) são caraterísticas de sitcoms e séries de comédia. Brooklyn Nine-Nine não é exceção à regra: todos os episódios contêm uma breve cena deste género, completamente não relacionada com a temática do episódio em questão, mas com o único intuito de nos fazer soltar gargalhadas. Valendo a minha opinião, como grande apreciador de séries de comédia e reconhecendo a rotina que outras boas séries também possuem neste sentido (Friends, Malcolm in the Middle, The Big Bang Theory), Brooklyn Nine-Nine tem as melhores cold opens de sempre. O porquê disso, assim como os restantes motivos para vos recomendar esta série, são explanados nos pontos seguintes.

2 – A sátira

Brooklyn Nine-Nine trata-se claramente de uma sátira às séries policiais e de investigação que cada vez mais se multiplicam. No entanto nem só de investigações e trabalho policial (ainda que trapalhão) é composta a série, bastando apenas assistir a alguns episódios para notarmos a presença de referências à sociedade e cultura pop dos dias de hoje (filmes, músicas, artistas, etc.), assim como a formação de relações mais pessoais entre os personagens. Elementos como o sarcasmo e o inesperado são um excelente aditivo para esta série, tornando a comédia mais apetecível e fácil de causar o efeito a que se propõe: fazer rir e cativar audiência. Evidentemente que, como em todas as séries de comédia, temos o clássico humor forçado, mas em Brooklyn Nine-Nine, devido ao seguimento natural dos diálogos, das cenas, das piadas, verificamos que esse tipo de humor ainda pode resultar atualmente quando é bem trabalhado.

3 – As personagens diversificadas

Além de contar com um elenco talentosíssimo, as personagens encarnadas pelos atores e atrizes da série são bastante variadas. Um detetive cheio de talento, mas com a mesma personalidade e mentalidade que uma criança de 5 anos; um capitão de polícia que foge dos estereótipos comuns; uma detetive bastante competente, mas que procura constantemente formar uma ligação de aprendiz-mentor com o seu superior hierárquico; uma secretária que vive para tudo menos para o seu trabalho, etc. Além de Andy Samberg (conhecido de outros projetos como Saturday Night Live e Lonely Island), o elenco tem também Andre Braugher (Law and Order: SVU), o fantástico Terry Crews, eterno Julius de Everybody Hates Chris, e casualmente podemos ainda contar com a presença de outros atores e atrizes que com Andy Samberg fizeram parceria em Saturday Night Live.

4 – As storylines que não cansam

O facto de ser uma sátira às séries de detetives e investigação não significa que a trama da série se foque apenas nessa temática. Em Brooklyn Nine-Nine, além de vermos Jake Peralta e o resto do grupo solucionando crimes e putting the bad guys away for good, também podemos contar com episódios centrados nas relações entre personagens, seja de caráter amoroso, amizade ou simplesmente focados nas suas relações laborais. Embora haja enredos que sejam previsíveis de acontecer, como por exemplo a vertente romântica (comum à maioria das séries de comédia), o não exagero dessas situações permite desfrutar de cada episódio individualmente sem maçar o espectador.

5 – A investigação (não tão) à séria

Sempre que uma das storylines se foca essencialmente na solução de um crime ou no decorrer de uma investigação garanto que as mesmas são de imensa qualidade conseguindo inclusive criar cliffhangers geniais que nos deixam ansiosos pelo próximo episódio ou próxima temporada. Neste sentido, destaco a transição da 3.ª para a 4.ª temporada. Outro ponto de relevo são as personagens criadas por Jake e Boyle aquando de algumas investigações undercover. A naturalidade com que ambos se lembram de nomes e backstorys para os seus personas infiltrados é sensacional e o consequente encarnar das mesmas irá fazer com que te divirtas ao assistir à série.

6 – A amizade

Um dos pontos altos da série baseia-se nas amizades estabelecidas pelos personagens e o quão natural elas parecem ser. Hitchcock e Scully, duas velhas guardas do departamento que complementam a preguiça um do outro, Gina e Capitão Holt, dois opostos tanto em personalidade como em tudo o resto e, claro, o destaque vai para o bromance entre Peralta e Boyle, amizade na qual o segundo idolatra completamente o primeiro e não conseguem viver um sem o outro. Só pelos diálogos trocados entre estes dois últimos, e se gostas do típico humor de parvoíce, posso garantir que irás rir sem parar.

7 – O episódio de Halloween

Sem dar spoiler: só por este episódio, que se repete em todas as temporadas, já vale a pena assistir a esta série. Em suma, e novamente sem querer dar spoiler, Jake Peralta e o Capitão Holt todos os anos fazem um concurso hilariante no qual o derrotado tem que admitir que o vencedor é um “Excelente detetive/génio!”. No que consiste este concurso? Terão mesmo que dar uma espreitadela na série! Depois de conhecerem ambas as personagens envolvidas e os seus feitios irão perceber o quão importante é para eles ganhar este desafio. Além desta recorrência de episódios, temos também um outro dedicado ao caso do “Bandido do Pontiac”, Doug Judy, que é deveras hilariante.

João Alves

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