Arrow – 05×06 – So it Begins
| 10 Nov, 2016

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Prometheus apresenta o fogo à Team Arrow

Um novo arco começa em Arrow e passado um mês da primeira aparição de Prometheus, o possível grande vilão da temporada começa a ser explorado. O episódio apresentou alguns problemas ao nível do ritmo e da passagem entre cenas, mas destacou-se pela introdução de fortes elementos e por um bom desenvolvimento de personagens.

Até este episódio pouco ou nada sabíamos sobre Prometheus, mas tudo começa a mudar esta semana. Uma das características desta personagem é que parece ser movida quase exclusivamente pelo impulso de vingança. São mais os grunhidos que o ouvimos pronunciar do que propriamente palavras e não parece haver um plano maior a não ser o da destruição do Green Arrow. Também já demonstrou que é um assassínio a sangue frio e não se importa com o número de corpos que vai acumulando pelo caminho. A semana passada tivemos o massacre da força policial e de Tobias Church, mas esta semana o sentimento é mais profundo porque Prometheus passa ao assassínio de inocentes. A cena da morte da primeira vítima foi brutal e mostra que este vilão parece desprovido de sentimentos. Factos mais interessantes que aprendemos foi que ele está ciente que Green Arrow/Arrow/The Hood são todos a mesma pessoa, algo que poderia passar despercebido se não fosse pela referência dos recrutas não estarem a par disso. E, mais do que isso, ele teve acesso em algum ponto no passado à lista que o pai de Oliver lhe entregou. O pormenor mesmo típico de serial killer/psicopata e que realça o aspeto pessoal da cruzada do vilão foi o das armas que Prometheus usa serem feitas a partir de setas antigas de Oliver que datam da altura da primeira season. Será que este vilão será um oponente à altura do Green Arrow e das expectativas do público?

Sabiam que o armazém onde Oliver encontra o telemóvel de Tobias Church que estava situado entre as ruas Aparo e Puckett é uma homenagem a dois artistas da DC Comics, Jim Aparo e Kelley Puckett, que de entre vários destaques foram responsáveis pela criação de Connor Hawke, o filho de Oliver Queen (ou nas série de John Diggle)?

Os recrutas descobriram alguns segredos do passado de Oliver e é normal que após descobrir que o mentor era uma espécie de serial killer haja um certo desconforto e quebra na confiança, mas todo este processo de educar novos heróis é algo muito recorrente nos comics e é um papel que assenta bem a Oliver e que o ajuda a crescer e a reavaliar o modo como faz as coisas. Esta semana o foco foi mais para Evelyn, que dos recrutas é aquela que se calhar precisa de um maior desenvolvimento para conseguirmos relacionar-nos melhor com ela. É pena que os pais dela tenham sido mortos por Damien, pois sendo eles nas bandas desenhadas ambos super-vilões isso poderia dar uma história interessante (o que não quer dizer que os produtores não aproveitem ainda qualquer coisa daí).

Uma das grandes críticas aos filmes da DCEU e a alguns dos episódios mais negros de Arrow é a falta de humor. Ultimamente, e neste episódio em particular, podemos verificar que os produtores têm tido isso em conta e momentos de humor subtil têm estado sempre presentes. Na maior parte das vezes os responsáveis por isso são Felicity e Curtis, mas neste episódio o momento de relaxamento com Rory (Ragman) a oferecer a sua bebida alcoólica caseira (que já bebe desde os 11 anos) também trouxe um pouco de divertimento.

Diggle está de volta e no sítio e no papel a que pertence, como braço direito de Oliver. Não só é uma mais-valia para a equipa como os seus conselhos, em conjunto com os de Felicty, são essenciais para Oliver se manter numa linha direita e não se desviar para pensamentos e ações mais negras. A verdade é que por muito que os recrutas cresçam, a relação entre a Team Arrow original já conta com vários anos e esse laços de confiança levarão sempre a uma distinção entre uma equipa A e uma equipa B. Com a confirmação da Warner Bros. Animation de que irá ser produzida uma nova temporada de Young Justice, os rumores começaram a aparecer sobre se a CW estaria a pensar, no futuro, fazer uma nova série live-action do género. Onde os protagonistas seriam não só os recrutas da Team Arrow, mas também os velocistas de The Flash, Kid Flash e Jesse Quick. Estariam interessados numa série do género?

Uma das grandes razões por Felicity ter terminado com Oliver foram os segredos que ele mantinha. No entanto, parece que ela se estava a deixar seguir exatamente pelo mesmo trilho com Billy. Agora que sabe que ela trabalha com o Green Arrow será que veremos um papel mais ativo dele a ajudar a equipa de heróis?

Thea tem aparecido em praticamente todos os episódios, mas a apoiar outras personagens e em termos de desenvolvimento dela própria não temos visto grande coisa. O que é uma pena e espero que no futuro o foco seja também posto nela. Esta semana tivemos um pequeno twist quando descobrimos através de Thea que Quentin nunca parou de beber. O vício do álcool é um dos mais difíceis de deixar e este enredo de certa forma traz um aspeto real do problema e da dificuldade de se ver livre dele.

Em termos mais gerais, gostei da abordagem ao pânico provocado no público e os danos que o próprio povo pode provocar sem haver um vilão presente. Às vezes os heróis têm que proteger as pessoas delas mesmas. Por outro lado, fiquei na dúvida quanto ao metro atacado por Prometheus… o comboio estava vazio, certo? E explodiu numa zona não habitada, não foi? É que isso não foi referido e dá a ideia duma escrita um pouco descuidada.

Da Rússia com amor é-nos finalmente apresentado… Konstantin Kovar! Interpretado por Dolph Lundgren (Rocky IV, Universal Soldier) só a presença dele é intimidante e o trabalho de Oliver para se ver livre dele não parece que vá ser nada fácil (isto mesmo a contar que ele não tenha qualquer tipo de super-poderes). De notar também que descobrimos onde Oliver aprendeu muitos dos truques que tem em diversas áreas, nomeadamente ao nível dos explosivos. Bratva é uma excelente escola da vida (vida de mafioso, mas que não deixa de ser vida). Como curiosidade, Ishmael Gregor, interpretado por David Meunier (Justified da FX), e que foi introduzido como um dos chefes da Bratva, nos comics consegue-se transformar num demónio com um arsenal de poderes mágicos, porém é pouco provável que isso aconteça na série, já que os produtores disseram que querem manter as coisas afastadas do sobrenatural.

O ponto que nos deixou de boca aberta foi o cliffhanger final que vem lançar o caos sobre a identidade de Prometheus. Poderá mesmo Lance ser o vilão? A meu ver temos duas hipóteses:

  • na primeira, sim senhor, ele é Prometheus, o que quererá dizer que a morte de Laurel teve um impacto muito maior do que o que se estava à espera e quebrou a identidade do ex-detective. Ele deverá então sofrer de dupla personalidade e nem tem bem noção do que anda a fazer. Nesta versão, não se pode dizer que ele não tenha motivos para se ressentir do Green Arrow, ele não só está a par de toda a história desde o início – era completamente contra a onda de assassinatos quando Oliver decidiu ser vigilante – e, mais importante, o grande combustível desta vingança será o atribuir a culpa a Oliver pela morte das suas duas filhas (Sara está viva, mas já morreu pelo menos duas vezes)
  • na segunda opção temos Prometheus a armar tudo isto e a aproveitar-se do alcoolismo de Lance para lançar a discórdia entre a Team Arrow. Pessoalmente, acho esta a opção mais viável. Apesar de a possibilidade de Lance ser Prometheus ser uma completa surpresa e ter alguns pontos que apoiam isso, acho que a ferocidade do vilão não se enquadra na personalidade da personagem que admiramos desde os primeiros episódios da série. Continuo a apoiar que a identidade de Prometheus será a de Tommy Meryln ou Anatoly (embora também aceite qualquer outra personagem ligada ao enredo da Rússia). O que é que vocês acham?

Na próxima semana temos uma pequena pausa de Arrow, mas a série voltará a 23 de novembro. No episódio “Vigilante” será descoberto um novo vigilante em Star City (as minhas apostas vão para Adrian Chase) e continuaremos a ver o confronto entre Oliver e Kovar. Até lá, salvem as vossas cidades!

Emanuel Candeias

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