Esta semana Legends of Tomorrow apresenta, dentro do seu estilo leve, um episódio emocionalmente pesado, sendo que a equipa tem de viajar até à Guerra Civil Americana para impedir que um vírus que transforma os soldados em zombies altere o destino da guerra.
Depois de um pirata do tempo ir parar por acidente ao meio da Guerra Civil e começar a infetar pessoas com um vírus que as transforma em zombies, a equipa é obrigada a intervir. Divididos em grupos, Jax e Vixen infiltram-se na confederação enquanto escravos disfarçados. Sara e Nate vão ajudar a União, enquanto Stein e Ray têm de lidar com um Rory transformado em zombie.
Trata-se de um episódio com uma boa capacidade de ensino histórico. Principalmente graças ao personagem Nate vamos aprendendo alguns factos interessantes sobre a guerra e as imagens visuais da sua recriação ajudam. Este encontra aqui uma oportunidade de se pôr em ação, um historiador que literalmente vive a história e se desinibe cada vez mais. Sara ao ligar-se ao comandante da União aprende algo sobre ser capitã da equipa.
Tal como já referi, Legends of Tomorrow tem, no geral, um estilo leve e divertido, que se nota nas piadas às vezes forçadas e já usadas, oposto ao que encontramos em Arrow, por exemplo, mas – na minha opinião – não tão bem conseguido como em The Flash. Porém, este episódio traz também uma lição de humanidade e o peso que isso acarreta. Jax, como negro, liga-se emocionalmente à situação dos escravos e por momentos vivencia como é a dura vida que eles têm de aguentar – o abuso constante e o medo em que vivem – mas fica impressionado como, apesar de tudo isso, conseguem manter-se humanos e mentalmente fortes, sendo uma prova da resiliência humana.
Por fim, Ray, que desde que perdeu o seu fato sentia-se inútil, é ajudado por Rory a encontrar o seu lugar. Vai substituir Snart como capitão Cold ou, pelo menos, vai ser o parceiro de Rory e usar a antiga arma de Snart.
Foi o melhor episódio desta temporada, na minha opinião, sem no entanto ser genial. Não gostei muito da introdução de zombies no episódio, mas gostei da recriação da Guerra Civil e da mensagem que tentaram passar. Foi também o primeiro episódio em que não aparece qualquer influência de Eobard Thawne.
Raul Araújo