Black Sails era uma das estreias mais aguardadas da mid-season deste ano. Emitida pelo mesmo canal de séries como Spartacus e Da Vinci’s Demons, a Starz, a série traz-nos uma história de piratas na época Dourada da Pirataria. E foi isso (mais o facto de ser uma espécie de prequel de A Ilha do Tesouro de Robert Louis Stevenson – um dos meus livros preferidos de sempre) que me fez querer ver a Black Sails.
Apesar de ser uma série produzida por Michael Bay, Black Sails foi, para mim, a melhor estreia de 2014 so far. Confesso que já não estava habituada à linguagem das séries da Starz (não via nenhuma do canal desde Spartacus), mas lá me habituei novamente.
Ora bem, o episódio começa com o saque a um navio e aí já começamos a ver que as coisas não estavam grande coisa na tripulação do Capitão Flint. Os saques dos últimos meses não estão a dar o dinheiro necessário e exigido pela tripulação. A qualquer altura poderia haver um motim e Singleton está a recolher votos da tripulação para lhe roubar o lugar. Na verdade, Flint é um pirata pouco convencional, calmo e inteligente e está claro que ele esconde algo na manga quando vê o diário de bordo e a página arrancada.
Entretanto, o manhoso John Silver junta-se à tripulação do Walrus como cozinheiro e lá descobrimos que ele tem a página que Flint tanto precisa mas que ele não faz ideia do que seja. Então, com a ajuda da bela Max, ele dá um pulinho ao seu novo navio para procurar o livro da página desaparecida, deixando uma pequena pista para trás…
Entretanto, ficamos também a conhecer Eleanor Guthrie, que tenta manter a ordem na ilha ao mesmo tempo que tenta afastar-se do nome do pai. Espero que esta personagem seja mais desenvolvida nos próximos episódios, assim como a relação com o Capitão Vane, perceber o seu interesse em proteger o Capitão Flint (se por confiança nele, pela perspetiva de lucro)… e Max.
Enquanto Flint e Billy Bones vão ter com Richard Guthrie para os ajudar a recriar o mapa para as maravilhas do Urca de Lima (veremos como vai reagir Eleanor quando descobrir que o pai foi raptado), o fiel Gates anda a tentar arranjar maneira de Flint não ser despromovido do posto de capitão. As coisas correm bem até o recém-chegado Capitão Vane interferir e quase arruinar tudo. Esta é outra personagem interessante que ainda não foi muito explorada neste episódio e que promete dias difíceis a Flint.
No final, numa reviravolta, Flint e Singleton debatem-se até à morte num duelo que decidirá o próximo capitão do Walrus. Flint descobriu a pena que John Silver deixou na sua cabine e ele estava prestes a confessar tudo quando o capitão acusa o rival do acto. Cheira-me que o cozinheiro não vai revelar tão depressa o que tem na sua posse.
Foi um bom início, de uma série que se avizinha forte. Veremos o que nos trazem os próximos episódios.
Nota: 8/10
Maria Sofia Santos