A história do novo presidente dos EUA continua num episódio mais calmo que os dois primeiros, mas que levanta novas questões que vão influenciar a trama a partir de agora.
Começamos por descobrir quem é o sobrevivente encontrado nos escombros do Capitólio: Peter, um membro do congresso que, pelo que deu para perceber, vai ter alguma importância no nosso novo drama político preferido, mas já discutimos isso.
Enquanto isto, a rede da Casa Branca é hackeada, no entanto nenhuma informação é roubada, apenas um novo ficheiro é colocado no computador do presidente, um vídeo do líder do grupo Al-Sakar a assumir a responsabilidade do ataque ao Capitólio. (Sou só eu a achar que este vídeo tem dedo do General Harris? Que de alguma forma pode estar ligado aos reais terroristas?) Tom tem dúvidas em relação à veracidade do vídeo e à autoria do ataque terrorista, ordenando que a autenticidade do vídeo seja verificada e que só após isso é que o vídeo pode ser divulgado. Contudo, Tom decide mostrar o vídeo a Kimble, que acredita que a decisão de guardar o vídeo é a melhor opção. Ainda durante este briefing, o chefe do FBI comunica a Tom, pela primeira vez, a suspeita de uma das suas agentes (Hannah) em relação à autoria do ataque e à bomba que não explodiu.
Tom dá a sua primeira grande entrevista. A jornalista sabe por uma fonte que Tom havia sido despedido no dia do ataque e confronta-o com isso. Tom acaba por dizer a verdade e admite que tinha sido despedido, mas que ainda não era oficial, levando todo o país a duvidar ainda mais de Tom.
Hannah continua a sua investigação, interrogando o sobrevivente no hospital e, em conjunto com um analista do FBI, descobre que há um intervalo de 34 segundos antes do ataque em que não há imagens do interior do capitólio; contudo, nas filmagens vê uma mulher a fotografar o momento. Hannah pede então que acedam ao telemóvel da mulher de forma a verificar a existência de fotografias desse intervalo de tempo. Com essas fotografias fica-se a saber que Peter se ausentou do Capitólio nesse intervalo e que não estava no seu lugar no momento do ataque. Terá Peter responsabilidade no ataque? A suspeita fica no ar!
Temos também a certeza de que Scott era namorado de Hannah, ainda que fosse casado, e que morreu mesmo durante o ataque, tornando tudo isto muito pessoal para Hannah. Fiquei um bocadinho desiludido, devo confessar. Acho que ia gostar que Scott estivesse de alguma forma envolvido no ataque e de ver como isso iria afetar Hannah e a sua investigação. Mas fico ansioso que esta descoberta sobre Peter tenha impacto na história e nos impressione a todos e, mais importante, nos mostre o melhor de Maggie Q.
Ocorre ainda o funeral do ex-presidente. Era suposto Tom fazer um discurso de elogio para o seu antecessor, porém Tyler, o filho do ex-presidente, não permite que Tom o faça por acreditar que o seu pai não o valorizava. Para surpresa de todos, Kimble faz o discurso em vez de Tom, mostrando que na verdade está ali para lutar pela presidência, não de momento, mas daqui a dois anos, quando começarem as primárias para a nova eleição e, entretanto, não vai facilitar a vida a Tom. Eu sabia! Demasiado santinha não era possível! E numa história destas teria de existir sempre alguém a lutar por aquele lugar!
O vídeo onde Al-Sakar assume a autoria do ataque é libertado para a imprensa sem aprovação de Tom, que desconfia que Kimble, pelas razões apresentadas acima, seria a responsável por esta fuga de informação. No entanto, o responsável é Aaron, que depois de ver que a reputação do presidente estava em jogo devido ao facto de a América saber da existência de outro designated survivor e de que Tom havia sido despedido, decide libertar o vídeo de modo a mudar o foco para os “inimigos” e não para Tom. Quando confrontado por Tom, entrega-lhe a sua carta de demissão, contudo este não o despede, bem pelo contrário, decide nomeá-lo Chief of Staff, em detrimento de Emily, porque Aaron pensa de maneira mais política que ele, o que pode ser vantajoso no seu futuro como presidente.
Acredito que Tom tomou a decisão certa, porque vai ser melhor para ele ter Aaron do seu lado do que contra si, já que sabe que Emily estará sempre consigo. Entre Aaron e Emily está a criar-se uma situação engraçada e que espero que seja explorada, ainda que seja um pouco cliché.
Mas… no final do episódio vemos Aaron receber um ficheiro com informações sobre Tom de uma aparente detetive. Será para precaver qualquer situação que possa vir a ocorrer, visto que Tom vai ter toda a atenção a partir de agora e a sua vida será escrutinada ao milímetro ou será para poder usar contra Tom?
Boa opção dos criadores da série, criarem estas várias dúvidas nas nossas cabeças e “obrigarem-nos” a continuar a acompanhar a história para perceber o que na realidade se passa.
Ainda neste episódio, Alex, a primeira-dama, descobre que o filho é um dealer, mas opta por não contar a Tom. Penso que este pequeno detalhe vai interferir na vida política de Tom e vai ser um trunfo usado contra o atual presidente na altura que este menos esperar, apanhando-o totalmente de surpresa.
David Pereira