Pitch – 01×01 – Pilot
| 30 Set, 2016

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[Contém spoilers!]

O basebol não é um desporto muito valorizado por terras portuguesas, contudo nos Estados Unidos da América é o segundo desporto mais popular, atrás do futebol americano. Pessoalmente, acho o desporto aborrecido de mais para aguentar ver um jogo inteiro, mas o que me cativou na nova série da FOX foi o facto de centrar-se na primeira mulher a integrar uma equipa masculina profissional, na liga principal de basebol (Major League Baseball). Sem querer ferir suscetibilidades, posso comparar o que seria esta situação cá, onde uma mulher jogasse futebol num dos principais clubes masculinos da primeira divisão. Seria um acontecimento inédito! E porque não?

Pitch começa com a protagonista Ginny Baker, interpretada por Kylie Bunbury (Under the Dome e Twisted), no dia em que vai ter o seu primeiro jogo como pitcher na equipa San Diego Padres, tornando-a na primeira atleta feminina na liga principal masculina. Contudo, a prestação de Ginny é péssima, acabando por abandonar o jogo, devido ao nervosismo e todo o mediatismo à sua volta. Para além da pressão de ser a notícia mais falada no momento, também tem que aguentar os companheiros de equipa a ofendê-la, basicamente por ser mulher. Mesmo assim, não desanima e volta para o segundo jogo, onde tudo corre bastante melhor, principalmente depois do capitão de equipa, Mike (Mark-Paul Gosselaar de Franklin and Bash) fazer um discurso de motivação, onde lhe diz para jogar apenas por ela e pela equipa e ignorar tudo o resto. Não posso deixar de mencionar a super agente de Ginny, a atriz Ali Larter de Heroes, sempre pronta a defender a sua atleta com unhas e dentes.

Menos positivo neste episódio foi a forma exagerada da cena dos falhanços de Ginny no primeiro jogo, mas compreendo que este tipo de exageros faça parte da ficção televisiva. O pai e treinador de Ginny (Bill Baker de The 100), que aparece em flashbacks e no que mais tarde descobrimos serem visões de Ginny, foi a personagem com quem menos simpatizei. Não achei nada correta a forma abusiva como ele impingiu o basebol à filha, nunca satisfeito e chegando ao ponto de usar violência no irmão para pressioná-la a atirar a bola de forma perfeita, quando ela era apenas uma criança. Espero que agora que sabemos que o pai morreu, a série ponha de lado os flashbacks.

Apesar de estar longe de entrar nas minhas séries preferidas, vou continuar a ver Pitch, porque vejo em Ginny uma personagem forte, que luta por aquilo que quer e tem objetivos na vida, mesmo com todos os obstáculos que se atravessam no caminho dela. Gostei da dinâmica entre Ginny e Mike, quem sabe futuro par romântico, mas gostei ainda mais do facto de no primeiro episódio se terem focado mais em apresentar as personagens e não nas lamechices amorosas que é habitual em séries deste género.

Ana Velosa

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