Quantico é a série que acompanha a vida de agentes do FBI desde o seu percurso na academia até ao desastre em Nova Iorque e o que se segue.
Quando existe uma fórmula de sucesso, deve-se manter a fórmula para não arriscar perder qualidade? A resposta em Quantico é não. Depois do desenrolar dos eventos da 1.ª temporada voltamos a ter Alex e Booth metidos numa academia, desta vez da CIA. Voltamos a ter o lapso temporal, de eventos que acontecem na academia e no futuro num ataque terrorista a uma convenção mundial, na qual Alex está metida no meio e é a única esperança. Voltamos a ter problemas entre Alex e Booth ao nível matrimonial. Voltar parece ser a palavra que define este início de temporada, que exibe exatamente o mesmo esquema que na academia do FBI.
Quando conseguimos ultrapassar esta barreira inicial que o argumento nos coloca, o episódio acaba por não ser mau, Alex e Ryan estão ambos infiltrados a mando do FBI, são apresentadas novas personagens e um esquema de competição na academia da CIA. Tal como acontecia na 1.ª temporada, o espaço temporal em que eles estão a aprender tem mais interesse que o “presente”, isto acontece devido à rápida sucessão de momentos de suspense e novas descobertas, que em Blindspot e How to Get Away With Murder resulta tão bem, em Quantico parece ser um pouco demais.
No presente, Ryan encontra-se numa conferência mundial, fazendo parte da equipa do presidente, quando esta é interrompida por terroristas auto-denominados Frente de Libertação dos Cidadãos, que querem obrigar o presidente a libertar uns certos presos; caso contrário, matam todos os reféns, começando pela Primeira Dama.
Tenho sentimentos mistos em relação a este início de Quantico. Por um lado, pelas razões enumeradas acima, achei que podem estar erradamente a tentar prolongar a série após uma boa 1.ª temporada; por outro, após a relutância inicial, dei por mim envolvido com a história, a gostar do episódio e a querer saber mais sobre a academia. Acho que os episódios das próximas semanas poderão melhorar esta situação. Cá estarei para os ver.
Raul Araújo