A nova temporada de American Horror Story, com o subtítulo My Roanoke Nightmare, é uma espécie de documentário em que um casal, Shelby e Matt, nos contam a sua historia enquanto, por detrás da narração, assistimos à reconstrução destes eventos.
O tema desta sexta temporada foi um segredo muito bem escondido, e o escolhido foi a antiga colónia de Roanoke, de onde desapareceram cerca de 117 pessoas; muitas teorias houve, mas nenhuma certeza acerca destes eventos. Aquilo que ainda não se sabe é como é que se relaciona com a corrente temporada.
Quem já tenha visto outras temporadas já sabe o que pode esperar de Sarah Paulson, que mais uma vez não desilude, desta vez numa parceria que faz com Cuba Gooding Jr., talvez mais conhecido pelo seu papel como O. J. Simpson. A intro da série sempre foi um dos seus aspectos mais icónicos; normalmente eram macabras, com aparente desconexão (à medida que íamos avançando na historia percebiam-se pormenores que apareciam) e complexas. Nesta temporada desiludiu-me um pouco, sendo substituída por uma mais simples. A banda sonora pouco diverge das anteriores, tem o objectivo cumprido de fazer o telespectador experienciar mais vividamente os momentos de terror.
Quanto ao episódio em si, Shelby e Matt saem de Los Angeles após um ataque e compram uma casa na Carolina do Norte. Pouco tempo é preciso viverem na casa até coisas estranhas começarem a acontecer: desde chuva de dentes a barulhos assustadores à noite, até uma invasão de casa para pôr um filme caseiro aterrorizador. Após os primeiros sustos, Matt convence a irmã Lee, uma ex-polícia, ex-alcoólica, a juntar-se a eles, de modo a que Shelby tenha mais descanso quando ele está em viagem. Após a já referida invasão de casa, Shelby decide ir-se embora e encontra-se envolvida num acidente que a deixa perdida no meio da floresta, onde acaba por encontrar uma série de pessoas, que parecem já estar mortas, a andar. Este final deixa-nos com algumas questões e as principais são:
Numa nota final, um pouco mais longa que o habitual, gostei do episódio. A aparente grande diferença entre as temporadas anteriores e esta pode vir a ser o que AHS precisava para voltar ao sucesso anteriormente conquistado. Parece ter uma influência do que aprenderam ao fazer American Crime Story, com a diferença de que no segundo tinham de se cingir a acontecimentos reais e esta temporada, apesar de se basear em fatos verídicos, vai para além disso. Pouco se aprendeu além do tema neste episódio, mas vou certamente ver o próximo para a semana.
Raul Araújo