Após uma longa espera, Gotham regressa com a promessa de mostrar a “Ira dos Vilões” e, logo no primeiro episódio, apresenta-nos o paralisante Mr. Freeze – um vilão exasperadamente atrás da cura para a doença fatal da esposa – e Dr. Strange, o misterioso psiquiatra da Arkham Asylum, desempenhado pelo estimado B. D. Wong (Oz, Mr. Robot, Law & Order: Special Victims Unit).
Apesar de a segunda parte da temporada ter novos vilões, Jim Gordon ainda está a lidar com os da primeira: a morte de Galavan é um mistério para toda a gente, a parte do próprio Gordon (que foi quem o matou) e Penguin, capturado pela polícia de Gotham enquanto vagueava pela cidade. Gordon jura não ter cometido homicídio, mas Barnes não acredita nele e espera arrancar a verdade de Penguin. Sempre houve desconfiança entre Barnes e Jim, mas é surpreendente para mim que esteja pior, com base nos episódios anteriores, onde Barnes confessou ter cometido homicídio também.
De qualquer maneira, o detetive Jim Gordon está de volta às ruas corrompidas de Gotham! E desta vez investiga estranhas ocorrências onde cidadãos são congelados em poucos segundos. Mr. Freeze foi introduzido brevemente na primeira parte da temporada. No entanto, neste episódio, aprendemos que ainda é um cientista desesperado para conseguir com sucesso congelar a mulher, usando criogenia, até encontrar uma cura para a sua doença, ao invés do maléfico Mr. Freeze que conhecemos das bandas desenhadas. Este faz experiências na sua cave, congelando e descongelando aleatórios cidadãos de Gotham.
Victor Fries é interpretado por Nathan Darrow (House of Cards), que até interpreta a personagem decentemente, em comparação com as duas outras vezes em que Fries foi adaptado a live-action: na série Batman dos anos 60 e no abominável filme Batman & Robin, onde a personagem foi interpretada mais como um alívio cómico do que como um vilão incompreendido que põe a mulher acima de tudo.
Outro vilão a praticar ciência maluca é Dr. Strange. Parece que uma das suas próximas vítimas é o recém-internado Oswald, que descobre pouco a pouco que o psiquiatra não é o que parece. B. D. Wong é um excelente ator e parece-me que irá fazer um ótimo trabalho com Hugo Strange, um dos vilões mais inteligentes da DC Comics!
Duas personagens que não apareceram neste episódio são Bruce Wayne e Alfred: que estarão eles a tramar? Depois do ataque da Ordem St. Dumas, Bruce deve sentir-se menos seguro e mais alerta quanto a futuros vilões, o que o torna mais próximo de criar a sua identidade como um vigilante (mesmo que não o adote publicamente durante a série).
Gotham continua com uma direção artística e argumento semelhantes a bandas desenhadas e isso é visível neste episódio, desde as falas de Mr. Freeze e Dr. Strange, à estética da cidade de Gotham, sombria e cheia de perigos. Depois deste episódio, fiquei com imensa vontade de ver mais cenas com Strange, Freeze e o meu favorito, Cobblepot. Veremos o que nos aguarda o resto da temporada!
Cátia Neto