Para os fãs da cultura nórdica, a espera finalmente terminou. Vikings está de regresso para mais uma temporada, temporada esta que será bem mais longa que o habitual, com um total de 20 episódios. Portanto espera-nos uma jornada bem mais duradoura que nos últimos anos.
Depois de uma fantástica terceira temporada, que terminou com a espetacular invasão a Paris, esta quarta regressa nos momentos seguintes a esse acontecimento. Ragnar encontra-se ainda muito debilitado e preferia ter morrido; muitos acreditam que a sua morte possa estar para breve. Já há muito que a relação de Ragnar e Aslaug não estava de boa saúde, mas com este regresso as coisas ficaram bem claras. A pergunta que Aslaug fez ao vidente, logo nos minutos iniciais do episódio, e a reação de Ragnar quando o seu filho Ubbe vai contar à mãe que ele tinha acordado, deixaram tudo bem claro.
Enquanto Ragnar se encontrava na cama, Bjorn quis tomar as rédeas e acaba por tomar uma decisão que não agradou muito ao seu pai. Ele manda prender Floki pela morte de Athelstan, o que deixa o seu pai sem grande margem de manobra para lidar com a situação. Já Floki acredita agora que Ragnar irá finalmente matá-lo e pede ajuda a Helga, que mais uma vez demonstra grande desconforto com as ações do seu marido. Só para rematar os acontecimentos de Kattegat, Bjorn decide provar ao seu pai que sabe tomar conta de si próprio. Como cresceram os filhos mais novos de Ragnar!
Ainda em terras nórdicas, pelos lados de Hedeby, Kalf e Lagertha estão também eles de volta e com uma novidade incomodativa para os homens daquela população: Kalf quer dividir a governação de Hedeby com Lagertha de forma igual. Por momentos fomos levados a acreditar que ele iria recuar na sua decisão e expulsar a nossa shieldmaiden daquelas terras, mas no final de contas tudo não passou de uma armadilha para eliminar os seus oponentes. Kalf ganha aqui um ponto na minha consideração, mas ainda assim continuo a não gostar muito dele.
Mas Paris não faz parte do passado e muita coisa está ainda por acontecer nesta cidade onde ficou Rollo, algo que deixou Ragnar desagradado. A profecia de Rollo começa a cumprir-se com o seu casamento com a princesa Gisla e começa assim a vida de nobre para o irmão do rei viking. Com ele ficaram também alguns guerreiros, que não estão de todo agradados com a situação, e a iminência de um motim leva Eirik a avisar Rollo.
O que ele faz de seguida é a maior surpresa deste episódio e que dá título ao mesmo. Todos conhecemos Rollo como um grande guerreiro que gosta de “sujar as mãos”, mas desta feita ele ficou apenas a contemplar o massacre que ele próprio planeou. Já por inúmeras vezes ele havia traído o seu povo e o próprio irmão, mas desta vez considero que foi longe de mais ao mandar dizimar todo um acampamento viking. Certamente que Ragnar ficará a saber do sucedido e não tardará em retaliar.
Em suma, este primeiro episódio foi um bom ponto de partida para a temporada que se avizinha, dando-nos a conhecer em que ponto se encontram as principais personagens desta série e que narrativas podem vir a ser exploradas. Tenho apenas de ressalvar a ausência do Rei Ecbert. Este matreiro monarca tem ainda grandes planos para o seu futuro e espero que o mesmo possa aparecer dentro em breve na série.
Carlos Oliveira