Legends of Tomorrow – 01×03 – Blood Ties
| 07 Fev, 2016

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Depois do episódio da semana passada, onde tivemos a morte de Hawkman, o episódio desta semana de Legends of Tomorrow, Blood Ties, focou-se principalmente em Leonard Snart, ou Captain Cold, e na tentativa de mudar a sua infância, enquanto Ray e Stein finalmente se começam a compreender um ao outro. A juntar a isto, Rip aprende uma valiosa lição sobre a importância do trabalho em equipa enquanto temos a antiga Sara de volta. Ou seja, um episódio que encerrou o piloto de uma forma muito agradável e positiva.

O episódio começou com a equipa presa em 1975, devido a danos sofridos na nave pelo caçador de recompensas Cronus e à deterioração do estado de saúde de Kendra. Embora não sejam capazes de matar Savage, Sara convence Rip que existem outros meios de o abrandar. Se conseguissem destruir a sua fortuna, possivelmente abrandariam a sua cruzada um par de décadas. Sara e Rip dirigem-se então ao banco onde o dinheiro de Savage é armazenado. No entanto, ficam a saber que este é controlado pelos seus homens. Sara, por causa dos efeitos do poço de Lazarus e da sua ressurreição, lança-se numa carnificina apenas interrompida por Rip, que a impede de matar o último homem que restou, a fim de ser interrogado. Durante o interrogatório, descobrimos que Rip tentou em tempos matar Savage, no Egito antigo, mas hesitou e acabou por perder. Durante o interrogatório é-lhes revelado que o “recipiente” que o banco guardava era nada mais, nada menos, que o corpo de Carter. Rip e Sara tentam resgatar Carter, mas são feitos reféns por Savage e este informa-os que o seu poder não vem de sua fortuna, mas sim dos seus seguidores. Num ritual, Savage bebe o sangue de Carter e compartilha-o com os seus seguidores, que vêm a sua esperança de vida ser-lhes aumentada em 100 anos.

Enquanto isso, Dr. Stein e Ray tentam ajudar Kendra, que se encontra à beira da morte, devido à presença de fragmentos da mística adaga na sua corrente sanguínea que se chegarem ao coração vão matá-la. Ray decide usar o seu fato de Atom para encolher ao nível celular e ir fisicamente destruir esses fragmentos. Uma vez dentro do corpo de Kendra, tudo está a correr bem até ao momento em que o fato de Ray sofre danos. Em pânico, Ray abandona a missão e recusa-se a voltar. No entanto, o enorme coração de Martin faz Ray mudar de opinião, acabando este por salvar o dia, não só de Kendra, mas dos seus companheiros.

Quanto à dupla dinâmica que diga-se, em abono da verdade, é sempre fantástica, Snart e Rory decidem, uma vez mais, efetuar um assalto: uma vez vilões, sempre vilões. Primeira paragem: Central City, um museu e uma grande esmeralda. O plano consiste em Snart roubar a esmeralda e dá-la ao seu pai, de modo a que este não a tente roubar e acabe preso durante cinco anos, ou seja, alterando a linha temporal. Claro que o assalto corre bem e o plano é cumprido, ou não fossem eles ladrões profissionais e os melhores na arte. No entanto, quando Gideon lhe mostrar o novo cronograma temporal, verificam que nada realmente mudou. O pai de Snart foi à mesma preso, mas por tentar negociar a esmeralda com um polícia corrupto. Parece que o tempo tem uma forma de se corrigir a si mesmo. No desenrolar da tensão, esta dupla mais Jef acabam a salvar Rip e Sara de Savage e finalmente aprendem a trabalhar em equipa. No final da ação, bem coreografada, onde finalmente a arma de Captain Cold congela os inimigos – embora a de Heat não faça nada -, Rip consegue matar o corpo de Savage e desta vez, vingar de certo modo a morte da esposa e do filho. No entanto, foi neste preciso momento que Vandal Savage tomou nota dos seus nomes com implicações diretas no futuro.

Gosto do facto de que cada um dos personagens – ou pelo menos alguns pares – tenha a sua própria agenda e recebam o seu próprio arco em cada um dos episódios. Já disse uma vez, mas nunca é demais, Wentworth Miller e Dominic Purcell são apenas fantásticos e até agora têm carregado a série. As suas motivações, ambiguidades e até a imprevisibilidade são algo que enriquece em muito a série. E finalmente disseram “somos uma equipa”, o que mostra uma tremenda evolução. Gostei do facto de Snart tentar mudar o passado e mostrar que também tem um coração no final de contas.

E Micky teve mais fala neste episódio do que em todos até agora. Um dos destaques deste episódio, para mim, foi a interação entre Ray e Martin. A cena de Ray a falar sobre Hannah, a sua noiva, foi devastadora e teve muita emoção. Também podemos falar sobre o quão incrível Caity Lotz é como Sara, que até então andava um bocado à parte na série. Neste episódio mostrou tudo aquilo que é e a que estávamos habituados em Arrow, ou seja, uma badass. Além disso, mostrou que consegue resistir à sede de sangue e que está no caminho para a redenção. Uma palavra especial para Savage que se até agora, este inimigo imortal não possuía carisma e faltava-lhe ser vilão, neste episódio a sua interpretação foi fantástica e retirou qualquer ponto de interrogação que poderia existir.

No geral, Blood Ties fez um excelente trabalho na gestão das emoções e na evolução dos personagens, onde estas evoluções vieram sobre um olhar de si mesmos. Este episódio foi o encerrar da premissa confiança e trabalho em equipa do duplo piloto.

Fernando Augusto

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