Após Supergirl ter começado como a estreia com mais audiência nesta fall season, os números desceram (e bem!) sem o apoio de The Big Bang Theory, que mudou o horário para as quintas-feiras. A série perdeu força, mas espero que os números se mantenham, porque este segundo episódio da série confirma que Supergirl merece um lugar na grelha da CBS.

Kara está deslumbrada com os poderes e com o que consegue fazer desde que arrumou com Vartox na passada semana. Contudo, a irmã mostra-lhe que não deve depender só da força que tem, mas que também deve aprender a técnica. Quando exposta a krypton ou a cidadãos de Krypton, fica vulnerável, por não ter qualquer tipo de treino. E que coça que Kara levou de Alex!

Claro que tanta confiança a levaria a fazer asneira. Kara não é o primo e espero sinceramente que abrandem nas referências ao Super-Homem. Já percebemos o dica. Ele é muita bom. Palmas para ele.

Frustrada, Kara pede auxílio aos amigos fora do DEO. Jimmy e Winn ajudam-na a começar de baixo. Gostei da interação deles porque é óbvio que os dois estão embeiçados por Kara e ela anda tão ocupada a tentar provar o seu valor que nem lhes liga nem se apercebe. You go, girl!

Aos poucos, Kara começa a reconquistar a confiança que perdeu com o ‘ecoterrorismo’. É engraçado ver a maneira como Kara lida com o falhanço. Fica zangada com ela própria, mas não baixa os braços. Via o trabalho da mãe, que ajudava pessoas, e penso que assumir o papel de super-heroína de National City a faz sentir mais próxima de Alura e do seu planeta. O coração de Kara está no sítio certo.

O papel de Jimmy foi também mais aprofundado e ele revela uma das principais razões que o levaram a sair de Metropolis. O seu sucesso enquanto fotojornalista em muito se deve a Clark e ele quis mudar isso, daí a sua relutância em apresentar a Supergirl a Cat. A diferença entre Kara e Clark é que ela se recusa a trabalhar sozinha. Precisa e QUER a ajuda de Jimmy. Kara só tem a ganhar ter aliados fora do DEO (como percebemos no final do episódio).

Afinal, Kara descobriu bem cedo quem era o cérebro que ‘controlava’ por assim dizer, os outros prisioneiros. E ainda bem que não optaram pelo drama ‘Oh, meu Deus, a minha mãe não morreu e é maléfica’! Kara sabia bem quem era Astra. Mas lutar comum desconhecido é uma coisa… mas uma tia que nos sentava no seu colo em criança? Pois, não é tão fácil. E como é que Astra não sabia o que era vulnerável ao krypton? Não fez uma visitinha ao outro sobrinho mais cedo?

O vilão da semana foi muito… esquecível. Este é um problema recorrente neste tipo de séries. Os vilões da semana são pouco carismáticos (salvo algumas exceções, claro) e ninguém se lembra deles depois. Podiam tê-lo explorado melhor porque ainda por cima nem sequer é de Krypton!

Uma das coisas que me frustrou no episódio foi o facto de ainda ninguém na CatCo ter feito dois mais dois e perceber que Kara é a Supergirl. Oliver Queen tem uma máscara péssima, mas Kara nem sequer se dá ao trabalho de esconder a identidade! Sim, Jimmy explicou que as pessoas não querem ver mesmo o que está à frente delas, mas há fotos de Supergirl em todos os ecrãs daquele edifício. Gente, hello!!!

Maria Sofia Santos