Empire – 02×06 – A High Hope for a Low Heaven
| 06 Nov, 2015

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Depois de uma curta pausa semanal, Empire está de volta! Lembram-se de onde tínhamos ficado? Hakeem tinha sido raptado, mas por quem? Não sabemos. O episódio desta semana foca-se precisamente nas dificuldades de Hakeem em superar o trauma derivado do rapto. O jovem rapper depara-se com um cenário estranho e incógnito, com três indivíduos que parecem ter sido contratados para o atormentarem. Nisto, em Lyon Dynasty, Cookie deixou já umas quantas mensagens ao filho desaparecido, ainda que não saiba o que se sucedeu, mas não tarda muito recebe um vídeo que mostra Hakeem amordaçado. A matriarca vai ao encalço do suspeito número 1 e este suspeito é já um habitual: Lucious! Mas até o papá Lyon diz não saber o que aconteceu e, sendo assim, Lucious e Cookie aliam-se para resgatar a sua “cria”.

Jamal não está a lidar propriamente bem com a traição do seu namorado e decide contratar Jamieson (William Fichtner), um manda-chuva que diz lutar pelos direitos da comunidade homossexual na indústria musical. Para descontentamento de Lucious, Jamal está ciente que precisa de revitalizar a sua imagem dentro da empresa discográfica, para que o público se desprenda da analogia de “artista gay”. O foco logo passa para Andre que, agora na liderança de Empire, parece estar a confundir negócio com religião e tenta impingir aos artistas que espalhem a palavra de Deus nas suas canções. Mas Hakeem é quem rouba as atenções. O seu trauma, a sua desconfiança e o choque tomaram conta do seu corpo e da sua mente, levando-o a ter atitudes pouco exemplares e mais características de um gangster.

Cookie está a aproximar-se deste “novo chefe de segurança” sedutor interpretado por Adam Rodriguez, que lhe dá conselhos sobre como agir com o facto de Hakeem ter sido raptado, com base na lei das ruas. Para um ex-agente da polícia, há algo de estranho e que não bate certo. Avançando, Cookie e Laz Delgado (o tal chefe de segurança) decidem que os raptores de Hakeem, numa tentativa de evitar mais situações do género, dariam uma boa equipa de segurança (!) mas, claro que a mãe protetora, na hora, age de forma completamente diferente. Ver uma mulher com uma arma é assustador, mas ver Cookie com uma pistola na mão é caso para “salve-se quem puder”! E claro que a personagem de Taraji P. Henson continua a ser o auge da série, sem tirar nem pôr.

Este episódio de Empire, que tenta pegar nas pontas soltas sem avançar em demasia com a história, é mais frágil a nível de consistência. Não é um deslize grande como aconteceu com a projeção do arco narrativo, mas também não chega a ser suficientemente envolvente para o público. Isto porque o jovem Yazz, como tenho vindo a referir, não tem dotes performativos suficientemente trabalhados para liderar um episódio inteiro e, embora os restantes atores sobressaiam, a história está enfraquecida. Nem mesmo o twist final é surpreendente. Quem esteja atento às situações logo percebe o que se está a passar, mas mesmo assim Empire continua com a sua fórmula de sucesso e, embora não tão evidente ou com tanta qualidade, não deixa de manter o fator entretenimento em alta.

Jorge Lestre

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