Depois de um impressionante piloto e mais de um mês à espera da continuação da história de Elliot, finalmente estreia o segundo episódio de Mr. Robot, com mais drama, intriga e mistério!
No primeiro episódio é mostrado a Elliot a escolha entre juntar-se à rebelião ou servir o “1 por cento do 1 por cento”, e enquanto tenta chegar a uma conclusão razoável, a personagem enfrenta ainda o seu passado e consequentemente a origem do seu espírito vigilante. É-lhe apresentado pelo Tyrell (o CEO da “Evil Corp”) uma posição vantajosa na sua empresa: Elliot recusa a oferta: na minha opinião, o pobre coitado está a ser inconscientemente manipulado pelo misterioso “Mr. Robot” e o seu ódio pelos manda-chuvas da Evil Corp – que finalmente é explicado! Elliot é contra a E Corp devido à morte do pai por cancro, causado indirectamente pela empresa e a negligência dos seus superiores. Mais tarde, Elliott descobre que Mr. Robot e o seu grupinho “Fsociety” lançou na Internet um vídeo ameaçando a Evil Corp a fechar as portas, esquecer os seus devedores e doar o seu rendimento líquido a um instituto de caridade alheio, ou sofrer as consequências.
Não dura muito tempo até Mr. Robot pedir a ajuda de Elliot a explodir uma instalação de gás natural subsidiária da Evil Corp com os seu poder cibernético, e possivelmente, tirar a vida deum amontoado de funcionários. Obviamente, Elliot recusa participar no acto terrorista. E é nessa mesma cena que o tema de escolha – que foi abordado ao longo do episódio – é explorado com mais detalhe.
“Tell me Elliot, are you a one or a zero?” Mr. Robot bem que tenta convencê-lo!
Elliot, perdendo o controlo da situação quanto mais pensava nas duas opções que lhe foram entregues, recita a melhor fala do episódio numa das sessões com a psicóloga Krista: “How do we know if we’re in control? That we’re not just making the best of what comes at us and that’s it? And trying to constantly pick between two sh*#@y options. Like your two paintings in the waiting room. Or Coke and Pepsi. McDonald’s or Burger King? Hyundai or Honda? Hm… It’s all part of the same blur, right? Just out of focus enough to give the illusion of choice.”
Elliot acaba por perder a calma e grita à psicóloga, que profissionalmente enfrenta o paciente, tentando conseguir alguma reacção honesta dele para além de silêncio e discursos filosóficos. De todos relacionamentos entre as personagens, a interacção entre Elliot e Krista é uma das que mais me confunde. Elliott às vezes parece simpatizar-se com ela no primeiro episódio, mas outras vezes é irritantemente tímido com ela. Se calhar um dia terá a coragem de lhe dizer o que realmente sente!
O episódio prendeu-me ao ecrã do computador desde a primeira cena à última, gerando várias questões e quase nenhuma resposta, e isto é, na minha opinião um pequeno defeito do episódio. Quem é Mr. Robot? Será um anti-herói ou um vilão? Terá previsto a atitude de Elliot para com os seus planos, e teria durante o episódio inteiro manipulado o rapaz? Será Elliot imaginando tudo o que lhe acontece à sua volta, como a existência de Mr. Robot e os seus amigos, os homens de negro? Ele certamente começa a ficar cada vez mais paranóico, e estamos somente no segundo episódio! Quem é o hacker que infiltrou na webcam de Angela? Será um mirone qualquer ou tinha como alvo a Angela, especificamente? Será que a sua relação com a Sheila (a vizinha) irá a algum lado?
A única certeza que tenho é que este episódio foi tão bom quanto ao piloto!
O que acham da série até agora? Quais são as vossas teorias acerca da natureza de Mr. Robot, da Evil Corp, da Fsociety, e da cena final do episódio (que não irei spoilar)? Comentem abaixo!
Nota: 9.5/10
Cátia Neto