As Pretty Little Liars estão de volta, e já sabem quem é Charles DiLaurentis. É tempo de recuperar dos últimos acontecimentos e tentar voltar à normalidade, com o apoio de quem mais gostam. Mas nem sempre isso é fácil. Spencer, por exemplo, está a ter alguns conflitos com a mãe. Depois das experiências passadas, é difícil não ter medo, e conseguir descansar. É difícil adormecer, com tantos fantasmas e demónios à solta. E cada pessoa tem a sua maneira de lidar com os problemas. Aria quer esquecer o que aconteceu, Emily quer descarregar a tensão usando as armas do pai, e Hanna quer mudar a decoração do quarto.
Já o senhor DiLaurentis afirma, veemente, que não há nenhum Charles DiLaurentis na família.
As evidências apontam para que Charles DiLaurentis seja Andrew, e as raparigas também acreditam nisso. A verdade é que nunca o viram. E é disso que a acusação depende. E Aria está determinada em provar que é Andrew o raptor. O desespero para acabar com este pesadelo é demasiado grande. E o risco também, mas Aria está disposta a arriscar.
Uma nova personagem é-nos apresentada neste episódio: Lorenzo. Colega de Toby, Lorenzo demonstra algum interesse por Alison, o que nos faz logo suspeitar dele. Nesta série, é difícil confiar na inocência aparente das personagens. Quanto a Sarah, continua envolta em mistério, e ainda não se percebeu exatamente qual o seu papel no meio da história toda.
Neste segundo episódio da sexta temporada, não temos grandes avanços narrativos. Há, sim, uma aposta em dar um seguimento àquilo que nos foi apresentado no episódio passado: a dor. Neste segundo capítulo estamos na fase da catarse, a tentativa de libertação. Depois da dor por que passaram no cativeiro, as raparigas estão a tentar lidar com o regresso às suas vidas, mas as marcas são muito profundas, e as dificuldades, imensas. E também as pessoas mais próximas das vítimas têm de tentar lidar com os acontecimentos e apoiá-las. O que nem sempre é fácil.
A grande falha deste episódio foi a ausência de Mona. Sendo esta a personagem que mais sofreu com as atrocidades de Charles, e tendo este episódio incidido na tentativa de regresso à normalidade das personagens, parece absurdo Mona não aparecer. Mas talvez regresse na próxima semana. Outro aspeto que deveria ter sido abordado é o de que Paige nunca mais se “lembrou” de Emily, nem Emily dela. Não há menções à personagem, e dado que Emily esteve desaparecida, seria razoável, mesmo que Paige não aparecesse, haver alguma referência.
Depois destes dois episódios mais “parados”, que lidam diretamente com as emoções e as consequências que as adversidades da vida podem ter nos seres humanos, espera-se um terceiro episódio com mais ação.
Nota: 7/10
Beatriz Barroca