O aguardado finale de The Flash chegou, com toda a gente a especular como seria.
O paradoxo abre o episódio: Eobard odeia Barry, não agora, no futuro. Eobard queria matar Barry em criança. Essa era a maneira mais fácil de o derrotar. Não conseguindo, porque o Barry do futuro, ou seja, Flash salva o Barry do presente, a criança. Eobard fica preso no presente, mas há uma maneira de voltar para o seu tempo: recuperar Flash.
Mais uma vez, temos o multifacetado Harrison Wells. Uma personagem, que, continuarei a dizer, está particularmente bem construída, e desempenhada. Wells precisa de Barry, e Barry precisa de Wells. Mesmo aprisionado em STARLab, Harrison Wells continua a ser uma personagem com uma influência extrema nas outras personagens e na narrativa, por conseguinte. Também vemos outra faceta de Barry, que ainda não tínhamos visto anteriormente com tanta veemência: um Barry cheio de ódio.
As escolhas. The Flash tem sido feito de escolhas, desde o início. Agora há uma escolha que irá redefinir toda a realidade do universo particular de Barry, Iris, Joe, Caitlin, Cisco, Ronnie… Se Barry mudar o passado, o presente será completamente diferente, e ninguém saberá o que poderia ter acontecido. E a razão do que acontece? Onde é que cabe? O medo da mudança… Será que mudar o passado será ter só coisas boas? Ganhar-se-ão umas coisas, mas perder-se-ão outras? Ainda assim há uma pessoa que se mantém neutra às mudanças que poderão ocorrer: Eddie. E também há escolhas amorosas a fazer. Ronnie e Caitlin, Eddie e Iris.
Cisco continua a ser a personagem que traz mais momentos cómicos a esta história, que em si, acaba por ser um drama. Além disso, Cisco é das personagens (se não, a personagem) que cria mais empatia com o espectador. E é de acrescentar que ainda guarda uma surpresa… Barry também tem sofrido as intempéries que vêm com o seu poder de super velocidade, fazendo dele uma personagem ainda mais admirável, desta vez, num plano mais pessoal.
Chegou o momento da verdade: Barry vai voltar ao passado e vai tentar salvar a sua mãe, Nora Allen. Mas em The Flash, acontece o inesperado, muitas das vezes. Num clímax verdadeiramente intenso, a série guarda para o último episódio grandes emoções e perdas. Afinal, não é só a vida de Nora e Barry que estão em jogo. Uma questão impera: somos nós os donos do nosso destino ou não? Está nas nossas mãos morrermos como heróis?
Depois de nos deixar completamente banzados com os acontecimentos nos minutos finais, o season finale deixa-nos na expectativa para a segunda temporada. Serão Central City, e, consequentemente, o mundo, engolidos por uma espécie de tornado? Ou será Barry realmente rápido o suficiente para evitar a tragédia?
The Flash cria um jogo e um entrelaçar de narrativas, paradoxos, épocas, tempos, verdadeiramente habilidosos e intrincados. Se ainda não tiveram oportunidade de acompanhar a série, está na altura de o fazerem.
Nota: 9/10
Beatriz Barroca