Depois de um episódio mais fraco do que The Flash nos habituou, todos estamos bastante ansiosos para este episódio, não só porque levantámos a fasquia, mas também por causa da premissa final. Neste 19º episódio de The Flash temos, novamente, algumas presenças especiais de Arrow.
Desta vez, parece que temos uma espécie de doppelgänger que usa a imagem do corpo de outra para roubar. Quanto a Iris e Eddie, as coisas não parecem melhorar, e Eddie sente, cada vez mais, a necessidade de lhe contar a verdade.
Caitlin está reticente em ajudar Barry e os outros em relação a Dr. Wells, pois não acredita, depois de tudo o que ele tem feito, que seja o “bad guy”. Caitlin está disposta a falar com ele sobre isso, mas Barry impede-a. A verdade é que se Caitlin for falar com ele, acontecer-lhe-á o mesmo que aconteceu a Cisco, com a agravante de o tempo poder não voltar atrás, certo? O que impediria Harrison Wells de a matar?
Barry e Eddie localizam a avó do meta-humano vilão, Hannibal Bates (curioso, não?). Neste momento, o jogo de personagens feito com Hannibal e as pessoas que ele escolhe copiar é bastante intenso, pois só nos apercebemos de que ele copiou alguém e que essa poderá causar verdadeiros estragos, e eventualmente, mudar o curso da narrativa do episódio, já depois de o “mal estar feito”, o que nos deixa agarrados ao ecrã para ver o que vai acontecer a seguir.
E além disso, o que não podia acontecer, aconteceu: Hannibal copiou Barry. Apesar de sabermos o perigo que isso representa, a série decide “brincar” um pouco connosco, propiciando alguns momentos cómicos, como a cópia de Barry a interagir com Caitlin e Iris.
Mais uma vez, como The Flash nos tem vindo a habituar, Wells é o “salvador da pátria”, o que, além de nos continuar a fazer sentir divididos pela personagem, também alimenta a narrativa do seu papel de homem mau/homem bom, com todas as consequências que isso acarreta para as restantes personagens (nomeadamente Barry, Joe, Cisco e Caitlin). Ainda assim, este vilão não é dos mais fáceis de apanhar, pois acaba sempre por usar o seu poder para enganar os outros e escapar.
Quando finalmente Barry apanha Hannibal, temos uma longa sequência de luta, em que o vilão começa por ser um homem desconhecido, mas depois se apropria da imagem de Caitlin, Iris, Eddie, e por fim, Flash. E é nesta forma que é derrotado. Cliché Flash contra Flash? Talvez sim, um pouco. Mas acredito que fosse o que também gostaríamos de ver.
Eddie e Iris reconciliam-se depois de tudo pelo que ele passou, e ele decide dizer-lhe que tem trabalhado com Flash, embora não revele a sua identidade. O que não quer dizer que Iris não esteja cada vez mais perto de descobrir… Quem também está cada vez mais perto de descobrir a identidade de Wells (ou não-Wells) é a equipa de STARLab e Joe, pois encontraram um esqueleto que é o do Doutor. E também o Doutor parece cada vez mais desconfiado com aqueles que o rodeiam, numa hipótese muito verosímil, já saiba que tem os olhos de todos postos em si…
Mais uma vez, regressamos à questão dos segredos, e do que é preciso fazer para os manter, assim como os perigos que trazem consigo. Cada vez vamos sabendo mais sobre estas personagens, e elas também se vão conhecendo mais entre si. Este é o ponto alto de The Flash.
Nota: 7/10
Beatriz Barroca