Contém SPOILERS!
O ataque a Paris começou finalmente e já todos sabíamos que não seria nada fácil penetrar numa cidade que mais parece uma fortaleza.
Este episódio foi praticamente todo ele dominado pelo ataque à cidade francesa e retratou-nos a maior luta alguma vez feita nesta série. Os produtores usaram e abusaram dos efeitos especiais e entregaram-nos uma sequência de cenas dignas de serem equiparadas com grandes produções como O Senhor dos Anéis e Game of Thrones.
Podemos dizer que os papeis se inverteram neste episódio. Temos vindo a ser habituados a uma espécie de supremacia viking no que toca a batalhas e podia-se pensar que este povo era imbatível. Mas afinal de contas eles são apenas humanos e também perdem, mas perdem com dignidade.
Acredito que o maior fator para este percalço é a mudança nas defesas do adversário. O cenário mais comum até agora nestas disputas era o descampado e no confronto corpo-a-corpo os nórdicos têm uma grande vantagem.
Mas Paris é uma cidade rodeada por enormes muralhas e portões bem fortalecidos, o que permite aos residentes preparar com mais calma a sua defesa e surpreender o adversário, como foi o caso do óleo e da segunda barreira no portão.
O número de baixas foi enorme e na próxima investida eles serão ainda menos, o que exigirá de Ragnar um plano muito mais apurado. Sim porque Ragnar não destituiu já de Paris e isso ficou bem claro quando ele saltou para fora das muralhas ao ver que o coração da cidade ainda estava muito distante.
Quem se chegou a pensar poder ter sido uma dessas baixas foi Bjorn. Apenas de historicamente saber-se que ele não morrerá na invasão a Paris, a forma como ele foi ferido durante o combate fez-nos por momentos duvidar disso.
Todos os participantes nesta investida ficaram com as suas mazelas, mas no caso de Floki estas manifestaram-se a nível psicológico. Quando ele pensava estar numa fase de grande benefício por parte dos deuses, dá-se esta derrota e que na sua cabeça foi um enorme desaire. Sendo ele o responsável pela coordenação deste ataque, ele sente que guiou toda a gente para o abismo e não tem a coragem suficiente para voltar a encarar os seus amigos.
Mas tal como já seria de prever, Ragnar não o colocou nesta situação por mero acaso, funcionando um pouco como um castigo por ter morto o seu grande amigo Athlestan. Sim afinal Ragnar sempre soube quem matou o priest.
Mas será que Ragnar sabia desde o princípio que um ataque deste género não teria o efeito desejado? Em caso afirmativo ele foi capaz de sacrificar muitos dos seus companheiros de longa data só para castigar Floki, o que visto deste lado não é de todo justo.
O início da profecia de Rollo parece ter começado aquando daquela troca de olhares entre ele e a princesa Gisla. Notou-se ali que eles não foram indiferentes um ao outro e provavelmente será esta a princesa com qual o lobo se casará. Entre Kalf e Lagertha as coisas também aqueceram e ela deixou bem claro que, apesar deste envolvimento, o matará assim que a oportunidade aparecer.
Não pensam que estou esquecido do pouco que temos visto de Kattegat, mas a verdade é que todo o negativismo a que temos assistido por parte de Porunn é um tanto quanto desinteressante, quando estamos mesmo no epicentro da mais complicada invasão de sempre por parte de Ragnar.
Ragnar perdeu uma batalha mas a guerra ainda vai no início e o Imperador Carlos, que recebeu os louros desta vitória sem ter mexido uma palha, ainda vai ter muito com que se preocupar com as gentes do norte.
Nota: 9/10
Carlos Oliveira