The Walking Dead – 05×09 – What Happened and what’s Going On
| 16 Fev, 2015

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 05×09 – What Happened and What’s Going On

Uma personagem ser ferida com gravidade (e por vezes fatalmente) não é novidade em The Walking Dead, mas quando isso acontece em ‘What Happened and What’s Going On’, é a série em si que leva um golpe no coração.

No Mid-season finale assistimos à morte violenta da Beth, que de alguma maneira foi também a morte simbólica da inocência, e é nessa linha que a série regressa após este hiato, com a morte de mais uma personagem que sempre acreditou que a violência não era a resposta para sobreviver.

O episódio arranca de uma maneira bastante diferente do habitual, com uma sequência de imagens e sons aparentemente sem ligação entre si e é no decorrer do episódio que nos vai sendo dado o contexto para cada uma delas, aliás todo este episódio é repleto de flashbacks e flashforwards, o que o torna, a meu ver, genial.

O Noah finalmente regressa a casa, para descobrir que a sua família não sobreviveu, ele manteve-se agarrado à esperança de que os iria encontrar vivos, pois ainda não tinha sido “contaminado” pelo sentimento de “abandono” de qualquer esperança que todos os outros do grupo já experimentaram devido ao facto de já terem perdido tanto.

Tanta perda e tanta dor, “quebram” e “deformam” qualquer um, como é o caso do Rick, que só ainda não perdeu a noção de certo e errado, devido à boa influência dos seus companheiros. Mas devido aos últimos acontecimentos chocantes, como a morte da Beth e a descoberta da mentira de Eugene, também o resto do grupo a pouco e pouco começa a pensar da mesma maneira que o Rick, já não é só matar para não ser morto, é matar primeiro, antes que pensem sequer em matá-los a eles.

Pessoas genuinamente boas como o Tyresse são difíceis de encontrar, ele sempre lutou para que a brutalidade do mundo que o rodeia não lhe afectasse a moralidade e a bondade que lhe são tão características.

Mordido por um walker e a delirar, Tyresse é atormentado pelos fantasmas do passado, Lizzie e Mika, Beth, Martin, Bob e até o Governador, que não são mais do que manifestações da sua culpa e ansiedade, mas mesmo nos momentos finais de vida, ele mantém-se fiel aos seus princípios e morre em paz, a acreditar que ainda existe lugar no mundo para pessoas como ele.

Morrer para ele, foi quase um alívio, porque morreu um homem bom em contraste com os seus amigos que sobreviveram, mas pagaram um preço demasiado alto, ao comprometerem a sua humanidade.

NOTA:8/10

Alexandra Leite

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