Como não podia deixar de ser, o vosso SériesDaTV está em todas e desta vez trazemo-vos o painel do Paul Blackthorne. Pensavam que já não íam ter? Enganaram-se!
Conhecido por alguns dos seus papeis em séries como The Dresden Files e Lipstick Jungle, é a série Arrow, que tanto tem sido aclamada por terras lusas, que o trouxe ao nosso Porto e à Comic-Con Portugal.
Iniciámos o painel com uma merecida «standing-ovation» pelo record de Paul em dar autógrafos na Comic Con. É aplaudível e de notável valor as horas que ele dedicou para conhecer os fãs e estar com cada um de nós. Escusado será dizer que o SériesDaTV também teve esse previlégio!
O painel foi especialmente dirigido à interacção dos fãs e, começando apenas com duas perguntinhas do moderador, Paul acabou por admitir que o nosso José Mourinho era excelente e devia ir treinar o Arsenal.
Para quem não sabia passou a saber que Paul se dedicou a um documentário com a sua «journey» pela América (que de momento ainda só está disponível para visualização lá, mas em breve poderá chegar à Europa) chamado exatamente “This American Journey”. Acaba por confessar mais tarde que a sua paixão pelos documentários e conhecida interacção com o Dalai Lama começa com a sua experiência em filmes bollywoodescos. Sabiam que o Paul tinha estado a trabalhar no ramo de Bollywood? Pois, ficam a saber. Aproveitamos e deixamo-vos a conhecer este documentário a que ele se refere com o título “Delhi To Manhattan”.
Sempre um «gentleman», Paul ouviu e acedeu a todas as questões que lhe foram colocadas com um sorriso e umas piadas pelo meio. Desde comentar os “Stephen’s Abs” que foram falados no início com um remate gigante de “(…) Eles vêm pelos abs do Stephen Amell mas ficam pelos pelos do peito do Paul Blackthrone.”. Aproveitou também para dizer que tinha um enorme respeito pela pessoa que Stephen Amell é e que o admira por isso. Nós concordamos!
Naturalmente também lhe foram feitas perguntas sobre o universo fantástico dos filmes e das séries e dos comics, não estivessemos nós na Comic Con, nomeadamente relativamente aos super heróis da DC e ao StarWars, que Paul diz ser a sua ‘ficção’ de eleição. Confessa não ter lido comics até se aperceber que, nas suas palavras, “(…) são como a ‘storyboard’ para os produtores e realizadores” e que quem estivesse a enveredar por esse caminho devia provavelmente começar a ler comics também. Inclusivé acrescentou que devíamos todos ver o filme “Guardians Of The Galaxy” e que a personagem favorita dele era o Groot!
Sobre StarWars, Paul admitiu que a sua personagem favorita era o Chewbacca, especialmente porque cada vez que alguém tentava imitar o Chewbacca era sempre motivo de «galhofa». E por falar nisso, chegaram a saber que tivemos direito a uma «chewbacca impression» por parte dele? Pois, é verdade! Foi genial!
Ora, não deseperem, vamos partilhar convosco as questões/respostas relacionadas com Arrow, incluindo algumas novidades!
Em tom de piada, Paul fartou-se de se queixar que lhe tínhamos estragado a história quando lhe dissemos que a Sara tinha morrido! Nisto aproveita para dizer – também como resposta a uma pergunta – que em set eles não têm propriamente reuniões para discutir o que se vai passar na série: às vezes sabem; outras vezes não. A maior parte das vezes basta perguntar ao Andrew [Kreisberg] – o «mastermind» da série – quais são as ideias dele e ele faz o favor de as partilhar.
Também como resposta, Paul acaba por dizer que quase não é possível que o Detetive Lance não saiba que o Arrow é o Oliver – mencionando inclusivé o episódio 4 da primeira temporada – mas que simplesmente aceita que o TheArrow é um bem para a cidade e que não importa o que ele é mas sim o que ele pode significar para o bem maior. Paul também confirma que aos poucos o Detetive Lance tem vindo a mudar a sua opinião sobre o Oliver e acredita que ele é uma melhor pessoa do que o «playboy» que levou a sua filha para o meio do oceano e traíu a sua outra filha.
Nisto incluimos também uma abordagem ao facto da série se basear muito no segredo e o facto de algumas personagens constantemente andarem a mentir umas às outras – especificamente o Detetive Lance ao Oliver e agora o Oliver ao Detetive Lance – pode correr mal e provavelmente vai correr mal! Nisto Paul fala-nos também das cenas no hospital que muito estranhamente é onde todos se encontram mas ninguém se encontra na realidade e é tudo um grande ponto de interrogação para alguns e que estas cenas remontam para a forma como a «plotline» da série, em parte, se mantém sobre o manto do secretismo.
Dentro das mais variadas perguntas sobre a série, destacam-se também as referências a #Olicity (relação Oliver+Felicity) e o quanto Paul acha que eles são espetaculares juntos – com uma audiência a concordar – no seguimento de uma questão sobre mais cenas entre o Detective Lance e a Felicity Smoak ao que o Paul deixou o pequeno «teaser» de que algo do género poderia acontecer no futuro!
Também no futuro Paul deixou a pista de que quando regressasse a Vancouver iria gravar um episódio que estaria relacionado com o passado do Detective Lance. Estão preparados?
Será que este episódio vem junto com os episódios sobre a Laurel Lance se tornar a Black Canary? Fiquemos à espera. Paul acrescentou que será difícil para Lance digerir esta ideia mas que acredita que no fundo vai ter o mesmo espírito do que com o Oliver/The Arrow – é para um bem maior. Pior vai ser quando ele souber que a Sara morreu… “(…)Bom, não vai ser um dia muito feliz pois não?” … Ui!
Paul também nos presenteou com algumas curiosidades sobre o cast: que o David Ramsey é o mais engraçado e o que mais o faz rir; que o John Barrownman é o homem das partidas e o engraçadinho do painel; que todos eles são pessoas super afáveis; que trabalhar com a Katie Cassidy e com a Caity Lotz em dinâmica familiar foi/é muito engraçado porque acabam sempre a tentar encontrar uma «backstory» para a família. Conseguimos perceber o quão boa é a relação entre eles e isso só pode fomentar uma melhor série!
Para o final presenteamo-vos com umas curiosidades sobre ele mesmo:
No fim do painel Paul ainda tirou uns momentos para estar com os fãs que se aproximaram do palco e tirar as «selfies» do costume com quem ali estava!
Deixamo-vos com uma frase de Blackthorne – depois de lhe perguntarem o que é que ele fazia nos piores dias da sua vida; quando acordava deprimido. Após citar George Burnes com «Se trabalhares no que gostas nunca vais ter que trabalhar na vida», Paul encanta-nos com uma da sua autoria: “Se escutares a tua barriga e seguires o teu coração, coisas boas vão acontecer.”
Joana Henriques Pereira