03×04 – Apologies Are Dangerous

Quarto episódio de Chicago Fire emitido, com a série da NBC ainda em retrocesso no capítulo das audiências. Confesso que depois de um arranque tão forte, com vários episódios de enorme qualidade, estava à espera que estabilizasse um pouco. Mas este episódio trouxe uma enorme derrapagem em relação ás semanas anteriores.

Quanto à história, o episódio arranca com a desgraça em que Severide se encontra. Depois da morte de Shay, o bombeiro tem andado a refugiar-se na bebida e adotou um estilo de vida um pouco perigoso. No meio da “roda viva” em que se tornou a vida dele, acaba por “tropeçar” num assalto ao comboio em que seguia, depois de uma noite de muita farra e bebida. Como seria de esperar, Severide tenta ajudar mas as coisas acabam por seguir um rumo diferente do esperado. Os assaltantes do comboio, gangsters, acabam por ser detidos graças a uma brilhante ideia de Severide que atraiu a polícia ao local exato onde ele e a maquinista do comboio se encontravam. Quanto à polícia, vem de Chicago PD, claro.
Fruto desta vida atribulada que agora leva e também do incidente no comboio, o Chefe Boden faz-lhe um ultimato: ou dá a volta por cima, ou terá de abandonar aquela casa. Isto, apesar de fazer tudo por ignorar a ajuda dos outros e continuar a afirmar que está tudo bem. Mas Casey decide forçar um pouco e adota uma postura mais frontal em relação a Severide. Ele também sabe como é perder alguém tão próximo. Aliás, na altura contou com o apoio de Severide. Agora os papéis invertem-se. Mas mesmo assim, tenho algumas reservas em relação à recuperação do bombeiro.

Entretanto, Gabby tem o seu tão esperado ingresso no corpo de bombeiros. Apesar de ser da casa, não pode haver tratamento especial. Até pelas aparências em relação a pessoas de fora. E como é da casa, não é uma pessoa fácil de praxar, pois já conhece os truques.

Peter Mills acaba por ficar com o lugar de Gabby na ambulância e está determinado em tornar-se num paramédico de excelência, apesar das reservas de Boden. Vários bombeiros fizeram aquele percurso para tentarem colmatar o vazio mas nem sempre as coisas resultam. E por falar em paramédico, a NBC mostra que pretende cimentar a posição da outra paramédica, Brett, apesar de ter chegado à série há muito pouco tempo. Começam a surgir histórias e enredos a envolver a agora parceira de Mills.

Logo na primeira emergência com os “papéis trocados”, tanto Gabby como Mills mostram estar um pouco perdidos. Mas por motivos distintos. Mills está vidrado na ação dos bombeiros e mostra-se ansioso pelo click que o permita ir para lá. Gabby ainda está a apalpar terreno. Mas no caso dela, como é recruta, é normal esta fase de adaptação. Na segunda saída, tanto Mills como Gabby acabam por se mostrarem mais confiantes e a bombeira surpreende mesmo os colegas na hora de improvisar.

Herrmann continua determinado em tentar mudar de quartel, para assim poder assumir o cargo de tenente. O problema é que está constantemente a ser recusado e agora, até nos negócios do bar, começa a ter problemas. Pelo visto alguém na hierarquia dos bombeiros de Chicago tem alguma coisa contra ele, então está a fazer tudo para o prejudicar. Eles já se tinham cruzado dois anos antes num negócio e as coisas não correram muito bem. Agora, o Comandante Hale tem andado a descontar em Herrmann por causa do negócio falhado.

Não foi um episódio espetacular, na linha dos anteriores. Foi mais de contextualização em relação a algumas histórias e de afirmação em relação a outras. Existem questões que irão alimentar muito esta série nas próximas semanas.

Nota: 7/10

Ricardo Almeida