Era suposto só chegar ao público a 30 de Setembro, mas saiu na internet mais cedo, e o Séries da TV traz-vos uma review acabadinha de confeccionar da nova série Selfie. Depois de ter sido Amy Pond em Doctor Who, Karen Gillan vem protagonizar esta comédia.
Basicamente, esta série é o reflexo do que as redes sociais (mais especificamente o Twitter, o Facebook e o Instagram) são actualmente. E ainda mais, a necessidade de o indivíduo se mostrar, e se produzir. De alguém que não era “ninguém” na escola, a personagem principal, Eliza Dooley, graças às mudanças visuais e ao tempo investido na internet, torna-se “insta-famosa”. E a opinião que os seus colegas de trabalho têm dela é a mais superficial possível.
Apesar disso, o episódio não começa bem para Eliza, que descobre que o seu namorado é casado, e, sem querer, acaba por passar por uma situação embaraçosa no avião onde viajam. Claro que, por mais irónica que seja, esta humilhação vai ser amplificada pelas redes sociais, pois os passageiros fotografam e filmam a jovem. Ainda para mais, deprimida com os acontecimentos, apercebe-se de que os amigos da internet não são a mesma coisa que os amigos reais.
Dá-se conta de que tem de mudar a sua imagem, e pede a um colega de trabalho, Henry, que nada tem a ver com a natureza de Eliza, para a ajudar. Relutante, ele acaba por aceder, e começa a tentar operar algumas mudanças não na imagem da rapariga, mas na atitude.
Num momento de necessidade, depois de uma “tarefa” que Henry lhe delegou (acompanhá-lo a um casamento), vai pedir ajuda a uma “amiga”, alguém muito diferente dela, também. Neste momento, Eliza mostra ser cada vez mais “irreal”.
Depois de tudo correr mal, Eliza e Henry discutem, mas no dia seguinte apercebe-se que já está a mudar, aos poucos, reconciliando-se com Henry, posteriormente.
Considerações sobre este episódio: bem, eu sou uma grande fã da Karen Gillan, por isso tive curiosidade em ver o episódio e fazer a review. No fim do episódio tentei reflectir sobre o que vi, e se é uma série naquele vale a pena investir tempo. Não sei até que ponto a série resultará, porque a ideia não traz nada de novo às comédias que já estamos habituados a ver, especialmente pelo conceito de mudança de alguém superficial, para alguém com maior dimensão pessoal, e ainda porque acho que vão ceder ao cliché de juntar Eliza com Henry. Acho que a questão vai bater na forma como o fizerem, e como Karen interpretar a personagem e esta for construída. Parece-me que só nos resta esperar para ver!
Nota: 6,8/10
Beatriz Barroca