Shrinking – Crítica da 2.ª temporada
| 24 Dez, 2024
7.59

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Chega hoje ao fim a 2.ª temporada de Shrinking, a série de comédia da Apple TV+ que acompanha a história de Jimmy (Jason Segel), um terapeuta que perde a mulher num acidente de viação. Enquanto lida com o luto, Jimmy começa também a interferir com a vida dos seus pacientes, o que acaba por ter consequências, algumas delas graves. Um exemplo disso é o que acontece no final da 1.ª temporada, quando Grace (Heidi Gardner), uma das pacientes de Jimmy, empurra o namorado abusivo de uma ravina.

Embora Shrinking não se tenha tornado uma das minhas séries favoritas, um dos aspetos que mais gostei na 1.ª temporada foi precisamente essa abordagem pouco convencional, por assim dizer, que me fez refletir e debater o quão ténue pode ser a linha entre terapeuta e paciente, e o impacto que este pode ter efetivamente na vida das pessoas, quer seja para o bem, quer seja para o mal. Além disso, Jimmy, embora seja um terapeuta, é também uma pessoa, que passa igualmente por problemas e comete falhas, como qualquer ser humano. Dessa forma, a série fez-me colocar no lugar das várias personagens, ponderar sobre as várias situações apresentadas e questionar como é que eu reagiria, ou que decisões tomaria. Isto é ainda mais interessante quando nem sempre concordamos ou discordamos com o que vai acontecendo, permitindo assim diversas perspetivas.

E a 2.ª temporada de Shrinking não foi diferente! Esta manteve um bom pace e seguiu desenvolvimentos que eu não estava à espera. A dinâmica entre os personagens continua bastante caótica, mas é muito divertida de acompanhar. Ao início confesso que me metia alguma confusão, mas depois fui-me habituando, e agora reconheço que é totalmente característico da série, e cada vez mais aprecio o humor de Shrinking.

Tal como na temporada anterior, não concordei com muitas das decisões que foram tomadas, mas isso acaba por permitir que coloquemos as coisas em perspetiva e pensemos sobre as situações. A par disso, apesar da série dar foco à terapia, não a embeleza ao ponto de a dar como solução milagrosa. Isto é, mostra também os retrocessos que podem acontecer. A terapia pode estar a fazer bem, e ela é bastante importante e necessária, mas às vezes, porque somos humanos e as emoções não são estanques e a vida prega-nos partidas, ou então ainda há outras coisas que precisam de ser trabalhadas; há retrocessos, e voltamos a ter recaídas ou voltamos aos velhos hábitos, por assim dizer.

O importante é que não podemos deixar, nunca, de pedir ajuda, e Jimmy, no episódio 11, mostra precisamente isso. Confesso que estava com receio que ele fosse voltar aos velhos hábitos e se refugiasse novamente nas drogas e nas prostitutas, mas acabou por pedir ajuda a Paul (Harrison Ford), e isso deixou-me muito feliz.

Outra coisa que também gostei bastante foi, no episódio final, da conversa entre Jimmy e Alice (Lukita Maxwell), e do facto de ele ter ido ter com Louis (Brett Goldstein), principalmente no preciso momento em que foi. Honestamente, fui-me debatendo, desde o momento em que Louis – a pessoa que causou o acidente que vitimou Tia (Lilan Bowden), a esposa de Jimmy e mãe de Alice – apareceu, sobre como reagiria, ou o que faria se estivesse no lugar de Jimmy, Alice ou até mesmo no de Louis. E a verdade é que ainda não cheguei a uma conclusão, contudo, acho que a série desenvolveu muito bem esta narrativa.

Agora mal posso esperar para ver o que a 3.ª temporada nos irá reservar!

Melhor Episódio:

In a Lonely Place (Episódio 6) – Assim que terminei de ver este episódio, soube logo que o queria escolher. Embora, a seguir a este, tenha também gostado bastante dos episódios 7, 11 e do final, mantive sempre a ideia de que iria escolher este. Isto deve-se em particular à conversa entre Alice e Loius, à problemática envolvendo Liz (isto antes da traição!), e a narrativa de Sean.

Personagem de Destaque:

Derek (Ted McGinley) – Gosto genuinamente de Derek, e desde o início da temporada que sabia que o queria escolher. Além de ser divertido e criar momentos bastante engraçados, é também uma boa pessoa, e sem sombra de dúvida que é das personagens mais subvalorizadas, dessa forma, acho que merece todo o destaque e consideração.

Shrinking - Crítica da 2.ª temporada
Temporada: 2
Nº Episódios: 12
7.59
7.8
Interpretação
8
Argumento
7
Realização
7.5
Banda Sonora

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