Mais um ano prestes a chegar ao fim e muitas foram as novas apostas televisivas que conquistaram os seriólicos. Com tantas estreias de novas séries todos os anos, escolher umas poucas preferidas não é fácil, mas tentámos eleger as 10 melhores de 2024.
Dos criadores de Game of Thrones, David Benioff e D.B. Weiss, esta nova série alia história a física num enredo com um ritmo bastante rápido, muitas personagens e um jogo de realidade virtual misterioso. É intrigante e, ao mesmo tempo, deslumbra, pois é como se fôssemos mais um personagem a ser sugado para aquele universo. Com um bom elenco e argumento, a série brilha especialmente em termos de produção, com os magníficos visuais do mundo virtual.
Onde ver: Netflix
O spin-off de WandaVision oferece-nos uma protagonista – Kathryn Hahn – que consegue brilhar, marcando pelo carisma e profundidade que traz ao papel. Agatha tem a capacidade de manter o nosso interesse mesmo quando a narrativa desacelera. Os efeitos especiais são outro ponto forte, revelando-se fundamentais para criar o ambiente místico da série. Apesar de os primeiros episódios terem um tom mais “morno”, Agatha All Along ganha ritmo com o avançar da trama e proporciona bons momentos de entretenimento ao espectador.
Onde ver: Disney+
Esta minissérie vai muito além de uma simples narrativa de perseguição, levantando questões profundas sobre o sistema judicial e a sua falha em proteger as vítimas, mas também os perpetradores quando sofrem de distúrbios mentais. A complexidade das relações humanas é explorada de forma a desafiar as expectativas do público e temas como abuso, manipulação e orientação sexual também são abordados de forma profunda, enquanto as personagens são retratadas de forma multifacetada, deixando-nos com sentimentos contraditórios.
Onde ver: Netflix
Cate Blanchett lidera um incrível elenco nesta minissérie que desconstrói o quanto podemos estar errados em relação a algo acerca do qual parecemos tão certos, fazendo-nos refletir sobre temas como a lealdade, moralidade e vingança. As reviravoltas no enredo são capazes de nos deixar de boca aberta de espanto e há diálogos poderosos que facilmente mexem com as nossas emoções. Blanchett é uma figura cativante mesmo quando ainda não conseguimos decidir se gostamos dela ou não enquanto personagem e mais uma vez dá provas do porquê de ser uma das grandes atrizes da atualidade.
Onde ver: Apple TV+
Visualmente interessante e com uma execução técnica impecável, a produção mistura o antigo com o moderno numa estética que contribui para criar a atmosfera peculiar do universo Fallout. A narrativa revela-se intrigante e há uma preocupação, logo ao início, de nos darem a conhecer bem as personagens principais, familiarizando-nos com as suas histórias. É certamente uma experiência que vale a pena para os fãs do jogo, mas que também facilmente pode ser desfrutada por um público novo em relação a este universo.
Onde ver: Prime Video
Com temas como o bullying, saúde mental, homofobia e tráfico humano no centro da trama, a série portuguesa é rápida a mexer com as emoções do espectador, prendendo-o desde o início num enredo tenso e pesado, o que podia parecer uma coisa má noutro contexto, mas que em termos televisivos é perfeito. Não falta suspense e é também muito interessante ver os personagens a lidarem com os seus próprios fantasmas. A série testa os limites e deixa uma ânsia absoluta por respostas.
Onde ver: RTP Play
A série começa de forma explosiva e, embora a cena de abertura nos traga à memória o filme protagonizado por Brad Pitt e Angelina Jolie, a verdade é que esta versão tem uma identidade muito própria. As interpretações de Donald Glover e Maya Erskine são sólidas, a realização fez uso de alguma originalidade e é interessante a forma como aquilo que o espectador sabe sobre os personagens principais nem sempre corresponde ao que John e Jane sabem um sobre o outro. Isto cria tanto momentos cómicos, como tensos ou ternurentos numa série que não se quer apenas de ação.
Onde ver: Prime Video
O primeiro episódio agarra imediatamente ao ecrã, despertando a curiosidade e estabelecendo uma promessa intrigante para o que se segue. A temporada desenrola-se numa trama envolvente e bem estruturada, onde romance, humor inteligente e diálogos cativantes se misturam com naturalidade. A série tem também um certo tom nostálgico, que deixa o espectador a refletir sobre como as escolhas do dia a dia podem ter repercussões no futuro. As personagens secundárias enriquecem a história com intervenções leves e divertidas, tornando as interações com os protagonistas ainda mais memoráveis.
Onde ver: Netflix
A sequela de Batman apresenta uma abordagem refrescante e profunda do icónico vilão do título. Desde logo, mergulha na complexidade do personagem, fornecendo um contexto rico sobre a sua vida, as suas motivações e aqueles que o rodeiam, tanto amigos como inimigos. The Penguin não tenta simplesmente fazer com que sintamos pena do personagem, nem o pinta como uma vítima das circunstâncias. Apresenta-nos, sim, factos, deixando-nos a tarefa de decidir se gostamos dele ou não, apesar das suas ações. Isto contribui para uma narrativa envolvente e menos previsível. Colin Farrell leva o seu desempenho a um grande nível e a realização, a banda sonora e o ambiente da série estão todos alinhados com o universo criado por Matt Reeves, o que confere autenticidade à história.
Onde ver: Max
Esta nova aposta de animação introduz uma nova era da icónica série de animação dos anos 90. Quase três décadas depois, acertam finamente em cheio na forma como dar continuidade ao legado no universo da Marvel. A série arranca de forma promissora, está munida de personagens emocionantes e ousadas e consegue cativar nos seus próprios termos. Tudo funciona em harmonia, dando origem a uma sensação de nostalgia que honra os bons velhos tempos da saga, mas com um toque mais moderno em todos os sentidos. X-Men ’97 revela-se uma verdadeira lufada de ar fresco.
Onde ver: Disney+
Equipa SdTV