Caríssimo leitor, estamos de volta, pois os quatro episódios que compõem a segunda parte da 3.ª temporada de Bridgerton já estão finalmente disponíveis na Netflix. Após o final intenso da parte 1, o primeiro episódio desta segunda parte começou com tudo!
Se achávamos que a cena na carruagem já era de cortar o fôlego, o que diremos então do momento em que Colin (Luke Newton) e Penelope (Nicola Coughlan) se envolvem fisicamente? Eles são realmente um casal muito fofo e conquistaram-me com cada diálogo, gesto e momento.
Outro casal adorável e muito acarinhado que também marca presença é Kate e Anthony, que continuam felizes e apaixonados, agora com um bebé a caminho. Contudo, este anúncio teve de aguardar um pouco, uma vez que Colin e Penelope anunciaram que vão casar.
Nesse seguimento, este primeiro episódio deixou-me a questionar como é que ninguém desconfiou da identidade de Lady Whistledown, uma vez que ela anuncia o casamento de Colin e Penelope, mas inicialmente só a família é que sabia. Ou terá passado algum tempo entre a cena em que eles anunciam o noivado e a publicação do folheto? Quero acreditar que tenha havido essa passagem de tempo da qual não nos apercebemos, mas confesso que fiquei com essa dúvida.
O segundo episódio já teve um pace mais lento (ou, melhor dizendo, não nos provocou tanta ansiedade), centrando-se na revelação que Cressida (Jessica Madsen) faz. Confesso que a partir de certa altura comecei a desconfiar que era isso que iria acontecer. Ainda assim, foi uma agradável surpresa que acrescentou ainda mais drama à história de Bridgerton.
Além disso, gostei bastante de ver finalmente Penelope e Eloise (Claudia Jessie) a voltarem, de certa forma, a serem amigas. Já não era sem tempo! Apesar de entender o motivo do afastamento, já me estava a começar a frustrar um pouco, especialmente com Eloise. Outra coisa de que também gostei bastante foi do novo interesse romântico de Violet (Ruth Gemmell), Marcus (Daniel Francis), o irmão da Lady Danbury (Adjoa Andoh). Após uma história de amor tão bonita como a de Violet e o marido, poderia ser difícil desenvolver um interesse amoroso que nos convencesse, mas acredito que este tem potencial para tal.
O terceiro e quarto episódios focam-se mais na identidade da Lady Whistledown, sendo que com a revelação de Cressida, Penelope – que já tinha algumas dúvidas – vê-se obrigada a tomar uma decisão entre continuar a escrever e desmascarar Cressida ou deixar de ser a Lady Whistledown. No final do terceiro episódio, a pressão aumenta, uma vez que Colin descobre a verdade, o que interfere com o relacionamento e, consequentemente, com o noivado deles.
Agora faz sentido para mim, de certa forma, que a temporada tenha sido dividida em duas partes, sendo que a primeira foi mais focada no desenvolvimento do romance entre Penelope e Colin e esta segunda metade foca-se mais na Lady Whistledown e no papel que esta identidade desempenha na vida de Penelope. Embora ame Colin, também não conseguia deixar de ser a Lady Whistledown, especialmente tendo em conta o significado que tem para ela.
Sempre gostei de Penelope, mas ganhei um carinho ainda maior por ela nesta temporada. Mesmo que isso colocasse em risco o seu relacionamento, ela não estava disposta a abdicar de ser a Lady Whistledown. Isso não só mostra o seu empoderamento, mas permitiu também abordar questões importantes sobre o papel da mulher na sociedade e a sensação de invisibilidade que muitas pessoas sentem, tudo isso aliado a uma arte tão nobre que é a de escrever bem.
Agora resta-me esperar para saber em qual dos irmãos se irá focar a 4.ª temporada.
Melhor episódio:
Tick Tock (Episódio 5) – Ainda ponderei escolher o último, tendo em conta o discurso inspirador e comovente de Penelope, mas acabei por escolher este, em grande parte por toda a ansiedade que este episódio me criou, a par de todos os momentos adoráveis entre Colin e Penelope.
Personagem de Destaque:
Penelope – Como mencionado anteriormente, sempre gostei da personagem, mas nesta temporada ganhei uma afeção ainda maior por ela. Definitivamente, teve um excelente desenvolvimento, em particular tendo em conta que não estava disposta a abdicar do que criou, mesmo isso estando a pôr em risco o seu casamento. É reconfortante, principalmente tendo em conta a época que tenta retratar, ver uma personagem tão empoderada, ainda para mais uma escritora.