Chegou a review do piloto mais esperado do mês de julho! The Strain, uma série descrita como thriller/terror, é a grande aposta da FX para a Summer Season e foi desenvolvida pelo fantástico Guillermo Del Toro e por Chuck Hogan. A espera foi longa mas valeu a pena: com um piloto recheado de mistério, com algum terror à mistura e efeitos especiais, fiquei completamente rendido a esta série. A partir deste momento podem ser atacados por spoilers que vos extraia o sangue todo através de uma pequena incisão no pescoço!
As primeiras cenas passam-se num avião que partiu de Berlim com destino a Nova Iorque. A assistente de bordo Rose é chamada pelo seu colega Peter… Ele ouve ruídos no porão do avião! Rose ainda espreita mas não vê nada! Subitamente esse animal ou ser começa a forçar a escotilha por onde Rose espreitou… Vemos um vulto a sair de lá!
A torre de controlo acha estranho que o avião tenha parado no meio da pista… Embora façam várias tentativas de estabelecer comunicação com o veículo, ninguém responde! O responsável, Bishop, sai e vê um avião com as janelas fechadas, com a exceção de uma, as luzes apagadas, um silêncio absoluto… E a porta não abre! A polícia chega e Bishop pede a Robbie para chamar todas as autoridades competentes, incluindo o CDC… Porque o avião está “morto”…
Em Queens, o dr. Ephraim Goodweather (nome engraçado para quem trabalha apenas com desgraças), mas conhecido por Eph, está numa sessão de terapia ordenada pelo tribunal. A sua esposa queixa-se da ausência constante do marido… Por isso quer o divórcio, para oficializar a sua relação com Matt. Embora Eph queira passar a imagem de que é um homem mudado, não o consegue: para além de interromper todos e monopolizar a conversa, o seu telemóvel não pára de tocar! Com o seu casamento arruinado, resta-lhe apenas atender o telefone e responder à emergência profissional que surgiu…
Já no aeroporto, Eph encontra-se com os seus colegas (e amigos) Jim e Nora… Quando estão prestes a perder o controlo do avião, Eph faz um discurso sobre vírus que assusta completamente os agentes do FBI. Eph bebe um pouco do seu leite e vai, juntamente com Nora, vestir os fatos do CDC para entrarem no avião. Aparentemente estão todos mortos… Só com recurso a lanternas UV é que reparam que há uma substância orgânica espalhada por todo o avião. Nora vai em direção ao cockpit e Eph vai em direção à parte de trás… Quando ela entra tem um grande susto: o piloto está vivo!
Apenas quatro pessoas sobreviveram ao vírus desconhecido: Joan Luss, o capitão Redfern, Barber e Bolivar. Com a exceção de Barber que ouve um ruído estranho, estão todos de perfeita saúde! Nenhum deles se lembra do que se passou no avião… O mistério adensa-se!
Enquanto isso, em Harlem, dois indivíduos mal-encarados entram na loja de penhores de Abraham Strakian na tentativa de vender um relógio de prata… Obviamente roubado! Um ainda tenta furtar o dinheiro de Strakian, mas este consegue resolver a situação e o duo foge… O idoso olha para a Tv e assiste à fatídica notícia de que o avião que chegou de Berlim não está nas devidas condições. Reconhecendo o que se passa, ele entra por uma porta secreta! Enquanto pega numa adaga de prata que se disfarça em bengala, ele sussurra: “He’s back. I don’t know whether i have the strength to do it all over again. This time, i cannot fail.” Reparamos que ele tem um coração num pote de vidro… O coração mexe! Strakian faz uma pequena incisão no seu dedo e deixa cair no pote algumas gotas de sangue… O coração mexe-se agora com mais frenesim e saem de dentro dele alguns vermes que se alimentam do sangue! Que grande nojo!
Em Manhattan, Thomas Eichhorst está a utilizar o elevador e pisca os olhos de forma estranha! Afinal o que é ele? Veio visitar o magnata Eldritch Palmer enquanto este está em diálise. Quando o empregado Reginald Fitzwilliam sai, Palmer e conversam sobre o facto do segundo não sentir frio nem respirar! Weird! Bem, o que interessa da conversa é que a “carga” chegou em segurança… Quando Eichhorst sai, vai até Harlem onde tem uma conversa interessante com Gus, um criminoso sul-americano. Ele tem de ir ao aeroporto buscar uma carrinha e levá-la até à Stoneheart. As instruções são muito claras: a carga que a carrinha transporta terá de chegar a Manhattan antes do amanhecer!
De volta ao aeroporto, chegou Everett, o chefe de Eph. É nesta altura que Jim encontra uma caixa enorme que não estava mencionada no manifesto do avião! Contra a vontade de todos, Eph abre a caixa… Ela está cheia de terra! Bishop, o responsável pela torre de controlo, fica com a responsabilidade de apurar a origem daquela peculiar caixa… Ao telefone com Berlim, ele ouve uns ruídos! Segue-o e é atacado por um vampiro! Que cena nojenta: sai uma língua assustadora da boca do vampiro que faz uma incisão no pescoço de Bishop e suga-lhe o sangue! No fim esmaga-lhe a cabeça para que ele não se transforme.
Strakian chega ao aeroporto e consegue chegar à conversa com o trio do CDC, embora dê informações precisas, Eph não lhe dá muita importância pois está stressado porque tem de ir fazer a conferência de imprensa, onde falará às famílias que apenas quatro pessoas sobreviveram. É aqui que o pai de Emma, a menina que ia a ouvir música, avança e dá um estalo a Eph. Sem muito mais a dizer, Eph diz que não descansará até que a verdade seja descoberta.
De volta à investigação, Eph descobre um verme estranho que estará na origem na infeção! Mais à frente, Nora descobre um pouco de solo infestado de vermes! A infeção tem origem no estranho caixão! O duo corre até ao local onde está a misteriosa caixa, mas ela desapareceu… Pedem a Jim que não autorize a saída de carrinhas… Mas ao que parece, ele é um associado de Palmer e Eichhorst! Quando a carrinha que Gus conduz aparece no controlo, Jim deixa-o passar… Extremamente nervoso, Gus sai do aeroporto e lá vai ele em direção a Manhattan! Na Stoneheart, Eichhorst diz a Palmer que o plano está a decorrer com perfeição… Gus está prestes a chegar com a preciosa carga… E que o judeu (Strakian) apareceu no aeroporto!
As autópsias estão a revelar resultados peculiares! A determinada o médico legista repara que há vermes no coração de uma das vítimas e que os corpos estão a desenvolver novos orgãos… Os vermes começam a entranhar-se na sua pele… mas o pior está para vir: os mortos regressam à vida e atacam-no! Eu não entendo nada de medicina, mas acho que em quarentena deviam ter ficado os mortos e não os quatro sobreviventes!
Um pouco antes do amanhecer, o pai de Emma chega a casa e chora desesperado… Repentinamente ele ouve um ruído no jardim. Emma, mesmo morta e verde, chegou a casa e queixa-se que tem muito frio! O pai abraça-a e ela pisca os olhos como Eichhorst!
Por aqui terminou o episódio e o plano de contingência falhou: o caixão com o vampiro e os seus vermes estão a chegar a Manhattan, uma das zonas mais habitadas do planeta! O enredo esteve bem desenvolvido e apenas nos mostrou um “cheirinho” da excelência de série que teremos nos próximos episódios! Os efeitos especiais do vampiro foram fantásticos, conseguiram com que a criatura se rodeasse de todo o tipo de repugnâncias! Estou ansioso pelos próximos episódios que irão explorar a vivência do vampiro e a sua relação com Eichhorst… O papel de Strakian no combate ao vampirismo… E a introdução de Eph e da sua equipa neste mundo obscuro!
Questões que nos consomem a alma:
– Como é a verdadeira aparência do vampiro? Nota-se perfeitamente que ele tem uma relação próxima com Eichhorst. Onde surgiu essa ligação?
– Palmer está muito doente… Quer ser transformado num ser semelhante a Eichhorst? Foi essa a razão de trazerem a criatura até Nova Yorque?
– Eichhorst pisca os olhos como Emma… Foram transformados em semi-vampiros pelo vampiro supremo? Quais as diferenças entre as duas espécies?
– De onde Eichhorst conhece Strakian? Pelo que nos apercebemos, já se confrontaram há muito tempo! Terá sido na segunda guerra mundial onde Strakian esteve prisioneiro num campo de extermínio nazi?
– Qual o papel de Eph em todo este cenário sobrenatural?
– Em Manhattan o vampiro vai ser subtil?
Nota: 9/10
Rui André Pereira