No passado dia 25 de maio, a Netflix estreou a sua nova série Fubar, protagonizada por Arnold Schwarzenegger, Monica Barbaro (Splitting Up Together) e Milan Carter (Warped!).
A série parece tentar criar uma premissa inovadora em que um agente CIA praticamente reformado se vê forçado a aceitar uma última missão, o resgate do agente Panda, que mais tarde o faz sentir-se traído pelo seu melhor amigo e colega por não ter revelado a identidade deste agente que se revela como uma figura importante na vida do protagonista. Idealmente, Luke nunca seria escolhido para tal missão devido à sua relação pessoal com o agente que necessita de resgate, mas como se trata de consequências de um caso antigo do protagonista, este é apresentado como ideal por já ter um pseudónimo conhecido e da confiança do criminoso.
Como disse anteriormente, Fubar parece ter uma premissa interessante, mas o primeiro episódio não se mostra como suficiente para me fazer continuar a ver a série. A principal questão deste primeiro episódio mostra como nem sempre podemos confiar em quem conhecemos e que não devemos afirmar arrogantemente que sabemos tudo sobre uma pessoa ou que a conhecemos verdadeiramente, uma vez que todos têm um lado secreto.
Apesar de episódio não me cativar nem me manter interessado, a trama tenta-se desenvolver de forma a apresentar as personagens, iniciando-se na suposta última missão de Luke e, posteriormente, com uma celebração pela reforma, que este espera ansiosamente para tentar resolver os seus problemas familiares e reconquistar a sua ex-mulher. No entanto, meses após a sua filha ter supostamente ido para a Colômbia numa missão solidária, Luke é chamado de volta. Após aceitar relutantemente, chega ao local e depara-se com a surpreendente identidade do agente que tinha ido resgatar. A partir daqui, a dinâmica da série muda um pouco, uma vez que anteriormente tínhamos um protagonista certo do que ia encontrar e teria de fazer e mudamos para um protagonista irritado por lhe terem omitido a informação da identidade do agente e ao mesmo tempo preocupado com a segurança deste agente que é revelado como sendo a sua filha.
O restante primeiro episódio de Fubar mostra uma dinâmica de conflito entre Luke e a filha, uma vez que esta não aceita que o pai deva começar a comandar a operação que esteve meses a planear e a colocar em prática uma forma de ganhar a confiança dos inimigos, tornando assim, a meu ver, a série um pouco caótica. Concluindo, não sei se a série apresenta um tom semelhante ao primeiro episódio; se tiver, deixa um pouco a desejar porque, apesar de ter uma premissa com potencial, parece não conseguir concretizar totalmente o objetivo e em vez de vermos algo como uma equipa de pai e filha, vemos uma competição por controlo e um sentimento de desconfiança por terem acabado de descobrir que afinal não sabiam nada sobre a vida um do outro.